Que prova você tem de que Jesus é o Messias?

Que prova você tem de que Jesus é o Messias?

 

Quais são algumas das credenciais do Messias?

 

Bíblia Hebraica e os sábios judeus descrevem o Messias com mais detalhes do que muitos imaginam. A partir desses escritos, podemos saber sua origem genealógica, local de nascimento, o período de sua chegada e outras características de identificação. Essas credenciais nos permitem identificar o Messias e reconhecer impostores. Listamos apenas algumas destas credenciais abaixo; existem, porém, muitas outras. Os primeiros rabinos e sábios reconheceram todas essas passagens como se referindo ao Messias.

  • O Messias seria da tribo de Judá (Gênesis 49.10):
י  לֹא-יָסוּר שֵׁבֶט מִיהוּדָה, וּמְחֹקֵק מִבֵּין רַגְלָיו, עַד כִּי-יָבֹא שִׁילֹה, וְלוֹ יִקְּהַת עַמִּים. 10 O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos.
  • O Messias seria descendente do rei Davi (2 Samuel 7.12-16):
יב  כִּי יִמְלְאוּ יָמֶיךָ, וְשָׁכַבְתָּ אֶת-אֲבֹתֶיךָ, וַהֲקִימֹתִי אֶת-זַרְעֲךָ אַחֲרֶיךָ, אֲשֶׁר יֵצֵא מִמֵּעֶיךָ; וַהֲכִינֹתִי, אֶת-מַמְלַכְתּוֹ. 12 Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, então farei levantar depois de ti um dentre a tua descendência, o qual sairá das tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino.
יג  הוּא יִבְנֶה-בַּיִת, לִשְׁמִי; וְכֹנַנְתִּי אֶת-כִּסֵּא מַמְלַכְתּוֹ, עַד-עוֹלָם. 13 Este edificará uma casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre.
יד  אֲנִי אֶהְיֶה-לּוֹ לְאָב, וְהוּא יִהְיֶה-לִּי לְבֵן–אֲשֶׁר, בְּהַעֲוֺתוֹ, וְהֹכַחְתִּיו בְּשֵׁבֶט אֲנָשִׁים, וּבְנִגְעֵי בְּנֵי אָדָם. 14 Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e, se vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens, e com açoites de filhos de homens.
טו  וְחַסְדִּי, לֹא-יָסוּר מִמֶּנּוּ, כַּאֲשֶׁר הֲסִרֹתִי מֵעִם שָׁאוּל, אֲשֶׁר הֲסִרֹתִי מִלְּפָנֶיךָ. 15 Mas a minha benignidade não se apartará dele; como a tirei de Saul, a quem tirei de diante de ti.
טז  וְנֶאְמַן בֵּיתְךָ וּמַמְלַכְתְּךָ עַד-עוֹלָם, לְפָנֶיךָ:  כִּסְאֲךָ, יִהְיֶה נָכוֹן עַד-עוֹלָם. 16 Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre.

 

  • Messias nasceria em Belém (Miquéias 5.2):
א  וְאַתָּה בֵּית-לֶחֶם אֶפְרָתָה, צָעִיר לִהְיוֹת בְּאַלְפֵי יְהוּדָה–מִמְּךָ לִי יֵצֵא, לִהְיוֹת מוֹשֵׁל בְּיִשְׂרָאֵל; וּמוֹצָאֹתָיו מִקֶּדֶם, מִימֵי עוֹלָם. 2 E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.

 

  • Messias chegaria antes da destruição do Segundo Templo (Daniel 9.24-27):
כד  שָׁבֻעִים שִׁבְעִים נֶחְתַּךְ עַל-עַמְּךָ וְעַל-עִיר קָדְשֶׁךָ, לְכַלֵּא הַפֶּשַׁע ולחתם (וּלְהָתֵם) חטאות (חַטָּאת) וּלְכַפֵּר עָוֺן, וּלְהָבִיא, צֶדֶק עֹלָמִים; וְלַחְתֹּם חָזוֹן וְנָבִיא, וְלִמְשֹׁחַ קֹדֶשׁ קָדָשִׁים. 24 Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo.
כה  וְתֵדַע וְתַשְׂכֵּל מִן-מֹצָא דָבָר, לְהָשִׁיב וְלִבְנוֹת יְרוּשָׁלִַם עַד-מָשִׁיחַ נָגִיד–שָׁבֻעִים, שִׁבְעָה; וְשָׁבֻעִים שִׁשִּׁים וּשְׁנַיִם, תָּשׁוּב וְנִבְנְתָה רְחוֹב וְחָרוּץ, וּבְצוֹק, הָעִתִּים. 25 Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos.
כו  וְאַחֲרֵי הַשָּׁבֻעִים שִׁשִּׁים וּשְׁנַיִם, יִכָּרֵת מָשִׁיחַ וְאֵין לוֹ; וְהָעִיר וְהַקֹּדֶשׁ יַשְׁחִית עַם נָגִיד הַבָּא, וְקִצּוֹ בַשֶּׁטֶף, וְעַד קֵץ מִלְחָמָה, נֶחֱרֶצֶת שֹׁמֵמוֹת. 26 E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações.
כז  וְהִגְבִּיר בְּרִית לָרַבִּים, שָׁבוּעַ אֶחָד; וַחֲצִי הַשָּׁבוּעַ יַשְׁבִּית זֶבַח וּמִנְחָה, וְעַל כְּנַף שִׁקּוּצִים מְשֹׁמֵם, וְעַד-כָּלָה וְנֶחֱרָצָה, תִּתַּךְ עַל-שֹׁמֵם.  {פ} 27 E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.

 

  • Messias se apresentaria montando em um jumento (Zacarias 9.9)
ט  לַאדֹנָי אֱלֹהֵינוּ, הָרַחֲמִים וְהַסְּלִחוֹת:  כִּי מָרַדְנוּ, בּוֹ. 9 Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre, e montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta.

 

  • Messias seria torturado até a morte (Salmo 22.1-31)
א  לַמְנַצֵּחַ, עַל-אַיֶּלֶת הַשַּׁחַר;    מִזְמוֹר לְדָוִד. 1 Ao mestre do canto; acompanhado po Aiélet Hashahar. Um Salmo por David.
ב  אֵלִי אֵלִי, לָמָה עֲזַבְתָּנִי;    רָחוֹק מִישׁוּעָתִי, דִּבְרֵי שַׁאֲגָתִי. 2 Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido?
ג  אֱלֹהַי–אֶקְרָא יוֹמָם, וְלֹא תַעֲנֶה;    וְלַיְלָה, וְלֹא-דֻמִיָּה לִי. 3 Deus meu, eu clamo de dia, e tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego.
ד  וְאַתָּה קָדוֹשׁ–    יוֹשֵׁב, תְּהִלּוֹת יִשְׂרָאֵל. 4 Porém tu és santo, tu que habitas entre os louvores de Israel.
ה  בְּךָ, בָּטְחוּ אֲבֹתֵינוּ;    בָּטְחוּ, וַתְּפַלְּטֵמוֹ. 5 Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste.
ו  אֵלֶיךָ זָעֲקוּ וְנִמְלָטוּ;    בְּךָ בָטְחוּ וְלֹא-בוֹשׁוּ. 6 Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste.
ז  וְאָנֹכִי תוֹלַעַת וְלֹא-אִישׁ;    חֶרְפַּת אָדָם, וּבְזוּי עָם. 7 Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo.
ח  כָּל-רֹאַי, יַלְעִגוּ לִי;    יַפְטִירוּ בְשָׂפָה, יָנִיעוּ רֹאשׁ. 8 Todos os que me veem zombam de mim, estendem os lábios e meneiam a cabeça, dizendo:
ט  גֹּל אֶל-יְהוָה יְפַלְּטֵהוּ;    יַצִּילֵהוּ, כִּי חָפֵץ בּוֹ. 9 Confiou no Senhor, que o livre; livre-o, pois nele tem prazer.
י  כִּי-אַתָּה גֹחִי מִבָּטֶן;    מַבְטִיחִי, עַל-שְׁדֵי אִמִּי. 10 Mas tu és o que me tiraste do ventre; fizeste-me confiar, estando aos seios de minha mãe.
יא  עָלֶיךָ, הָשְׁלַכְתִּי מֵרָחֶם;    מִבֶּטֶן אִמִּי, אֵלִי אָתָּה. 11 Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe.
יב  אַל-תִּרְחַק מִמֶּנִּי, כִּי-צָרָה קְרוֹבָה:    כִּי-אֵין עוֹזֵר. 12 Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem ajude.
יג  סְבָבוּנִי, פָּרִים רַבִּים;    אַבִּירֵי בָשָׁן כִּתְּרוּנִי. 13 Muitos touros me cercaram; fortes touros de Bashan me rodearam.
יד  פָּצוּ עָלַי פִּיהֶם;    אַרְיֵה, טֹרֵף וְשֹׁאֵג. 14 Abriram contra mim suas bocas, como um leão que despedaça e que ruge.
טו  כַּמַּיִם נִשְׁפַּכְתִּי–    וְהִתְפָּרְדוּ, כָּל-עַצְמוֹתָי:
הָיָה לִבִּי, כַּדּוֹנָג;    נָמֵס, בְּתוֹךְ מֵעָי.
15 Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas.
טז  יָבֵשׁ כַּחֶרֶשׂ, כֹּחִי, וּלְשׁוֹנִי, מֻדְבָּק מַלְקוֹחָי;    וְלַעֲפַר-מָוֶת תִּשְׁפְּתֵנִי. 16 A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da morte.
יז  כִּי סְבָבוּנִי, כְּלָבִים:    עֲדַת מְרֵעִים, הִקִּיפוּנִי; כָּאֲרִי, יָדַי וְרַגְלָי. 17 Pois me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores me cercou, traspassaram-me as mãos e os pés.
יח  אֲסַפֵּר כָּל-עַצְמוֹתָי;    הֵמָּה יַבִּיטוּ, יִרְאוּ-בִי. 18 Poderia contar todos os meus ossos; eles veem e me contemplam.
יט  יְחַלְּקוּ בְגָדַי לָהֶם;    וְעַל-לְבוּשִׁי, יַפִּילוּ גוֹרָל. 19 Repartem entre si as minhas vestes, e lançam sortes sobre a minha roupa.
כ  וְאַתָּה יְהוָה, אַל-תִּרְחָק;    אֱיָלוּתִי, לְעֶזְרָתִי חוּשָׁה. 20 Mas tu, Senhor, não te alongues de mim. Força minha, apressa-te em socorrer-me.
כא  הַצִּילָה מֵחֶרֶב נַפְשִׁי;    מִיַּד-כֶּלֶב, יְחִידָתִי. 21 Livra a minha alma da espada, e a minha predileta da força do cão.
כב  הוֹשִׁיעֵנִי, מִפִּי אַרְיֵה;    וּמִקַּרְנֵי רֵמִים עֲנִיתָנִי. 22 Salva-me da boca do leão; sim, ouviste-me, das pontas dos bois selvagens.
כג  אֲסַפְּרָה שִׁמְךָ לְאֶחָי;    בְּתוֹךְ קָהָל אֲהַלְלֶךָּ. 23 Então declararei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação.
כד  יִרְאֵי יְהוָה, הַלְלוּהוּ–    כָּל-זֶרַע יַעֲקֹב כַּבְּדוּהוּ;
וְגוּרוּ מִמֶּנּוּ,    כָּל-זֶרַע יִשְׂרָאֵל.
24 Vós, que temeis ao Senhor, louvai-o; todos vós, semente de Jacó, glorificai-o; e temei-o todos vós, semente de Israel.
כה  כִּי לֹא-בָזָה וְלֹא שִׁקַּץ, עֱנוּת עָנִי–    וְלֹא-הִסְתִּיר פָּנָיו מִמֶּנּוּ;
וּבְשַׁוְּעוֹ אֵלָיו    שָׁמֵעַ.
25 Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu.
כו  מֵאִתְּךָ, תְּהִלָּתִי:    בְּקָהָל רָב–נְדָרַי אֲשַׁלֵּם, נֶגֶד יְרֵאָיו. 26 O meu louvor será de ti na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem.
כז  יֹאכְלוּ עֲנָוִים, וְיִשְׂבָּעוּ–    יְהַלְלוּ יְהוָה, דֹּרְשָׁיו;
יְחִי לְבַבְכֶם    לָעַד.
27 Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao Senhor os que o buscam; o vosso coração viverá eternamente.
כח  יִזְכְּרוּ, וְיָשֻׁבוּ אֶל-יְהוָה–    כָּל-אַפְסֵי-אָרֶץ;
וְיִשְׁתַּחֲווּ לְפָנֶיךָ,    כָּל-מִשְׁפְּחוֹת גּוֹיִם.
28 Todos os limites da terra se lembrarão, e se converterão ao Senhor; e todas as famílias das nações adorarão perante a tua face.
כט  כִּי לַיהוָה, הַמְּלוּכָה;    וּמֹשֵׁל, בַּגּוֹיִם. 29 Porque o reino é do Senhor, e ele domina entre as nações.
ל  אָכְלוּ וַיִּשְׁתַּחֲווּ, כָּל-דִּשְׁנֵי-אֶרֶץ–    לְפָנָיו יִכְרְעוּ, כָּל-יוֹרְדֵי עָפָר;
וְנַפְשׁוֹ,    לֹא חִיָּה.
30 Todos os que na terra são gordos comerão e adorarão, e todos os que descem ao pó se prostrarão perante ele; e nenhum poderá reter viva a sua alma.
לא  זֶרַע יַעַבְדֶנּוּ;    יְסֻפַּר לַאדֹנָי לַדּוֹר. 31 Uma semente o servirá; será declarada ao Senhor a cada geração.

 

  • A vida de Messias corresponderia a uma descrição particular, incluindo sofrimento, silêncio em sua prisão e julgamento, morte e sepultamento no túmulo de um homem rico, e ressurreição (Isaías 52.13-53.12):
יג  הִנֵּה יַשְׂכִּיל, עַבְדִּי; יָרוּם וְנִשָּׂא וְגָבַהּ, מְאֹד.   13 Eis que o meu servo procederá com prudência; será exaltado, e elevado, e mui sublime.
יד  כַּאֲשֶׁר שָׁמְמוּ עָלֶיךָ רַבִּים, כֵּן-מִשְׁחַת מֵאִישׁ מַרְאֵהוּ; וְתֹאֲרוֹ, מִבְּנֵי אָדָם.   14 Como pasmaram muitos à vista dele, pois o seu parecer estava tão desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a sua figura mais do que a dos outros filhos dos homens.
טו  כֵּן יַזֶּה גּוֹיִם רַבִּים, עָלָיו יִקְפְּצוּ מְלָכִים פִּיהֶם:  כִּי אֲשֶׁר לֹא-סֻפַּר לָהֶם, רָאוּ, וַאֲשֶׁר לֹא-שָׁמְעוּ, הִתְבּוֹנָנוּ.  {ס}   15 Assim borrifará muitas nações, e os reis fecharão as suas bocas por causa dele; porque aquilo que não lhes foi anunciado verão, e aquilo que eles não ouviram entenderão.

 

  מִי הֶאֱמִין, לִשְׁמֻעָתֵנוּ; וּזְרוֹעַ יְהוָה, עַל-מִי נִגְלָתָה. 1 Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do SENHOR?
ב  וַיַּעַל כַּיּוֹנֵק לְפָנָיו, וְכַשֹּׁרֶשׁ מֵאֶרֶץ צִיָּה–לֹא-תֹאַר לוֹ, וְלֹא הָדָר; וְנִרְאֵהוּ וְלֹא-מַרְאֶה, וְנֶחְמְדֵהוּ. 2 Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos.
ג  נִבְזֶה וַחֲדַל אִישִׁים, אִישׁ מַכְאֹבוֹת וִידוּעַ חֹלִי; וּכְמַסְתֵּר פָּנִים מִמֶּנּוּ, נִבְזֶה וְלֹא חֲשַׁבְנֻהוּ. 3 Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
ד  אָכֵן חֳלָיֵנוּ הוּא נָשָׂא, וּמַכְאֹבֵינוּ סְבָלָם; וַאֲנַחְנוּ חֲשַׁבְנֻהוּ, נָגוּעַ מֻכֵּה אֱלֹהִים וּמְעֻנֶּה. 4 Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
ה  וְהוּא מְחֹלָל מִפְּשָׁעֵנוּ, מְדֻכָּא מֵעֲוֺנֹתֵינוּ; מוּסַר שְׁלוֹמֵנוּ עָלָיו, וּבַחֲבֻרָתוֹ נִרְפָּא-לָנוּ. 5 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
ו  כֻּלָּנוּ כַּצֹּאן תָּעִינוּ, אִישׁ לְדַרְכּוֹ פָּנִינוּ; וַיהוָה הִפְגִּיעַ בּוֹ, אֵת עֲוֺן כֻּלָּנוּ. 6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.
ז  נִגַּשׂ וְהוּא נַעֲנֶה, וְלֹא יִפְתַּח-פִּיו, כַּשֶּׂה לַטֶּבַח יוּבָל, וּכְרָחֵל לִפְנֵי גֹזְזֶיהָ נֶאֱלָמָה; וְלֹא יִפְתַּח, פִּיו. 7 Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.
ח  מֵעֹצֶר וּמִמִּשְׁפָּט לֻקָּח, וְאֶת-דּוֹרוֹ מִי יְשׂוֹחֵחַ:  כִּי נִגְזַר מֵאֶרֶץ חַיִּים, מִפֶּשַׁע עַמִּי נֶגַע לָמוֹ. 8 Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido.
ט  וַיִּתֵּן אֶת-רְשָׁעִים קִבְרוֹ, וְאֶת-עָשִׁיר בְּמֹתָיו; עַל לֹא-חָמָס עָשָׂה, וְלֹא מִרְמָה בְּפִיו. 9 E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca.
י  וַיהוָה חָפֵץ דַּכְּאוֹ, הֶחֱלִי–אִם-תָּשִׂים אָשָׁם נַפְשׁוֹ, יִרְאֶה זֶרַע יַאֲרִיךְ יָמִים; וְחֵפֶץ יְהוָה, בְּיָדוֹ יִצְלָח. 10 Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.
יא  מֵעֲמַל נַפְשׁוֹ, יִרְאֶה יִשְׂבָּע–בְּדַעְתּוֹ יַצְדִּיק צַדִּיק עַבְדִּי, לָרַבִּים; וַעֲוֺנֹתָם, הוּא יִסְבֹּל. 11 Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si.
יב  לָכֵן אֲחַלֶּק-לוֹ בָרַבִּים, וְאֶת-עֲצוּמִים יְחַלֵּק שָׁלָל, תַּחַת אֲשֶׁר הֶעֱרָה לַמָּוֶת נַפְשׁוֹ, וְאֶת-פֹּשְׁעִים נִמְנָה; וְהוּא חֵטְא-רַבִּים נָשָׂא, וְלַפֹּשְׁעִים יַפְגִּיעַ.  {פ} 12 Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.

 

Em relação à linhagem, local de nascimento, tempo e estilo de vida, Jesus correspondeu às expectativas messiânicas das Escrituras Hebraicas.

O registro deste cumprimento deve ser encontrado nas páginas do Novo Testamento. Mas vários outros fatores se combinam para comprovar ainda mais a Messianidade de Jesus.

 

Se Jesus nunca tivesse afirmado ser o Messias, por que nos incomodaríamos em tentar provar que ele era?

 

Em primeiro lugar, ele alegou ser o Messias! Quando uma mulher lhe disse: “Eu sei que Messias está vindo”, ele respondeu: “Eu quem fala com você sou ele” (João 4:25-26). Naturalmente, isso não prova nada de um jeito ou de outro. Mas se Jesus nunca tivesse afirmado ser o Messias, por que nos incomodaríamos em tentar provar que ele era? Sua própria reivindicação estabelece as bases para o resto das evidências.

 

Se essas “credenciais” nas Escrituras Hebraicas são tão claras, por que a maioria dos judeus não acreditava em Jesus?

 

Para entender isso, é preciso perceber que, na época de Jesus, a esperança messiânica havia se tornado muito politizada na mente das pessoas. Eles estavam buscando libertação da tirania de Roma. Embora as Escrituras falassem tanto dos sofrimentos quanto das vitórias do Messias, o aspecto vitorioso tornou-se superior nas mentes das pessoas comuns por causa da dominação romana. Esta visão “desequilibrada” do Messias permaneceu em muitos judeus, e a politização da esperança messiânica continuou até hoje.

Isso não quer dizer que todos os judeus rejeitaram as reivindicações de Jesus. Pelo contrário, todos os primeiros seguidores de Jesus eram judeus. Na verdade, os rabinos da época e depois estavam bem cientes das muitas profecias messiânicas que os cristãos alegavam terem sido cumpridas em Jesus. Assim, por exemplo, embora os rabinos talmúdicos concordassem que Isaías 53 era uma profecia sobre o Messias, no período medieval a pressão daqueles que aplicavam essa profecia a Jesus era tão grande que Rashi, um dos maiores estudiosos bíblicos medievais, reinterpretou o capítulo e disse que se referia à nação de Israel. Essa interpretação é mantida hoje por muitos estudiosos judeus, embora só remonte à Idade Média.

 

O que torna Jesus diferente dos outros que alegaram ser o Messias?

 

Houve falsos messias ao longo da história judaica. Entre os mais proeminentes estavam Bar Kokhba, que liderou uma revolta contra Roma (132-135 d.C.) e Shabbetai Zevi, um messias autoproclamado do século XVII.

Durante a revolta de Bar Kokhba, uma das figuras mais famosas da história judaica, rabino Akiva, o proclamou como “Rei Messias”. Infelizmente, Bar Kochba, Akiva e milhares de judeus foram mortos em 135 d.C. quando os romanos invadiram a fortaleza de Betar.

Shabbetai Zevi, por outro lado, era um messias auto-proclamado. Florescendo na Europa do século XVII, o movimento shabbate se espalhou entre o povo comum e os rabinos. Mas quando Shabbetai Zevi foi preso em 1666 pelo sultão da Turquia, ele se converteu ao Islã em vez de enfrentar a morte. Já estivemos tragicamente errados antes, por isso não é surpreendente que provas concretas sejam procuradas por acreditar em Jesus.

 

A vida de Jesus está em forte contraste com as dos falsos messias.

 

A vida de Jesus está em forte contraste com as dos falsos messias, e é uma demonstração positiva do que esperaríamos que o Messias fizesse. Jesus realizou muitos milagres de cura, trazendo a integridade para a vida das pessoas, perdoando pecados e restaurando relacionamentos. Em contraste com Shabbetai Zevi, por exemplo, Jesus cumpriu a Lei de Moisés como um judeu devoto. E ao contrário de Bar Kokhba, embora Jesus tenha morrido, ele também foi ressuscitado!

 

Jesus ressuscitou dos mortos.

 

A ressurreição é uma evidência adicional, e talvez seja a mais convincente das reivindicações de Jesus. O estudioso israelense Pinchas Lapide escreveu um livro que não atraiu pouca atenção na comunidade judaica. Em A Ressurreição de Jesus: Uma Perspectiva Judaica. Lapide argumentou que a ressurreição de Jesus está bem dentro do reino da possibilidade. Afinal, ele argumentou, as Escrituras Hebraicas dão uma série de relatos de pessoas voltando à vida. Por que também não Jesus? Lamentavelmente, Lapide não nota que a ressurreição de Jesus é descrita em termos que vão muito além das ressuscitações das outras histórias. Ele não consegue lidar com o fato de que Jesus previu sua própria ressurreição, que justificava suas reivindicações ao Messias.

Ao longo da história, as pessoas explicaram a ressurreição como não-histórica (“Isso nunca aconteceu”) ou como não-sobrenatural (“É assim que poderia ter acontecido”). Mas essas explicações não foram bem-sucedidas. Analise as possibilidades você mesmo e veja qual faz mais sentido. As autoridades romanas roubaram o corpo de Jesus da tumba? Então por que não reagiram quando a notícia se espalhou de que Jesus havia ressuscitado? Ou talvez os discípulos tenham roubado seu corpo. Mas, poderia tal sustentação explicar a mudança na atitude deles? Três dias antes, estavam desiludidos, tal como idealistas derrotados que esperavam que Jesus inaugurasse uma nova ordem mundial. Poderia uma mentira, que eles sabiam ser uma mentira, agora explicar sua esperança, ousadia diante da perseguição oficial, e coerência frente aos altos padrões éticos que eles estabeleceram?

Talvez Jesus nunca tenha morrido; talvez ele apenas desmaiou na cruz e reviveu na tumba. Essa ideia foi popularizada no livro O Enredo da Páscoa de Hugh J. Schonfield. Infelizmente, o autor ignorou o fato de que os romanos perfuraram o lado de Jesus, o que certamente o teria matado. Além disso, havia um contingente de soldados romanos vigiando a tumba, bem como uma enorme pedra que bloqueou sua entrada. Não havia como um Jesus ressuscitado, ter escapado, e, em seguida, convencido centenas de testemunhas oculares céticas de que ele havia vencido a morte para sempre! Ou foi tudo uma alucinação? Deve ter sido uma alucinação e tanto ser visto por tipos muito diferentes de pessoas, em diferentes períodos do dia, e em lugares diferentes. Você pode ser capaz de enganar uma pessoa, mas você pode enganar 500 que o viram ao mesmo tempo? E, ao contrário das alucinações, essas aparições do Jesus ressuscitado pararam tão repentinamente quanto começaram, 40 dias após a ressurreição ter ocorrido.

A única explicação satisfatória é que a ressurreição realmente ocorreu, assim como o registro diz. E se for esse o caso, é uma razão sólida para aceitar o Messianidade de Jesus.

 

Jesus transforma a vida das pessoas.

 

Porque ele oferece expiação pelo pecado e reconciliação com Deus, Jesus traz paz, alegria e propósito para a vida das pessoas. À parte da fé nele, não há base para a verdadeira paz ou direção, pois, como diz o salmista, “o homem está alienado desde o ventre”. Que essa alienação seja curada pelo ministério reconciliador de Jesus é a experiência comum daqueles que acreditam nele.

Entre a evidência objetiva da Bíblia Hebraica e do Novo Testamento, e a verificação subjetiva em nossas próprias vidas – pensamos que há ampla evidência de que Jesus era quem afirmava ser!

 

Extraído de: https://jewsforjesus.org/answers/what-proof-do-you-have-that-jesus-is-the-messiah em 08/06/2021

Rosh Hashaná

Rosh Hashaná

 

 

Rosh Hashaná, literalmente “cabeça do ano” é a data do calendário judaico que marca o início de um novo ano. Começa ao pôr do sol na véspera de 1º de Tishrei (18 de setembro de 2020) e termina após o anoitecer em 2 de Tishrei (20 de setembro de 2020).

De acordo com a Torá, quando Pessach foi instituída para o povo de Israel, o Eterno estabeleceu o mês de Nisã (Março/Abril) como o primeiro dos meses: “Este mesmo mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano” Shemot 12.2. Posteriormente, os líderes judeus estabeleceram o mês de Nisã como o início do mês religioso e o primeiro de Tishrei, que no calendário bíblico era o sétimo mês do ano, como o início do ano cívico de Israel, daí a razão de se comemorar Rosh Hashaná nesta data.
No livro de Vaicrá 23, em 1º de Tishrei o Eterno estabeleceu este dia ao povo de Israel como um encontro marcado (Moed) com ele para a celebração de Shofarot:
“Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis descanso solene, memorial, com sonidos de trombetas, santa convocação. Nenhuma obra servil fareis, mas trareis oferta queimada ao SENHOR”.

Este encontro marcado era caracterizado pelo som das trombetas ou o toque do shofar que não servia meramente como um instrumento musical, mas com o propósito de chamar Israel e as nações para o arrependimento preparando-os para Yom Kipur único dia do ano em que o Cohen hagadol oferecia no Lugar Santíssimo o sangue da expiação por toda a nação.
Desta forma, a Festa de Shofarot – também chamada de Yom Teruá, Yom Hadin e Yom Hazicaron – estabelecida pelo Eterno na Torá, recebe o nome moderno de Rosh Hashaná, período de início de introspecção e meditação pessoal com vistas ao arrependimento.

Shofarot, assim como as demais festas eram símbolos do plano de redenção do Mashiach para Israel e as nações. Muitos rabinos acreditam que Yom Teruá é uma festa que anuncia o retorno do Mashiach, sendo o toque do Shofar um aviso para que Israel e as nações se preparem para recebê-lo.
Interessante que a convocação para o arrependimento fazia parte da proclamação da mensagem de redenção de Yeshua HaMashiach:
“Daí por diante, passou Yeshua a proclamar dizendo: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” Mattityahu (Mateus) 4.17.

Shaná Tová Umetuká!

 


Por Romualdo Santos
Pastor, docente, vice presidente do Instituto Tzadik Baemunah e diretor administrativo executivo da Editora Davar. 
Romualdo, é parte do time responsável pela gestão e desenvolvimento de parcerias estratégicas que dá suporte a Diretoria
do Instituto Tzadik BaEmunah e da Editora Davar.

 

Testemunho do Dr. Michael Brown – do LSD ao PhD

Testemunho do Dr. Michael Brown – do LSD ao PhD

 

reprodução: Twitter

Eram 1h30 da manhã, na primeira semana de setembro de 1971. Eu tinha apenas dezesseis anos de idade, mas já havia ganhado os apelidos “Urso das Drogas” e “Homem de Ferro”. Eu poderia tomar quantidades maiores de drogas do que qualquer um dos meus amigos – e viver para me gabar! Se eu estava usando heroína ou usando alucinógenos como LSD e mescalina, tomar mega doses de drogas se tornara meu estilo de vida. Mas desta vez eu fui longe demais. Tomei mescalina suficiente para trinta pessoas e meus amigos me colocaram em um ônibus sozinho, me mandando para casa para cuidar de mim mesmo. Eles pensaram que era uma grande piada! Na verdade, era uma questão de vida e morte.

Fiquei delirante no ônibus e desci cedo demais, a mais de um quilômetro da casa da minha família em Long Island, Nova York. Enquanto caminhava lentamente em direção à casa, pensei que a jornada nunca terminaria. Fiquei desorientado e me perdi a apenas dois quarteirões de casa. Sentei-me no chão em tormento mental, sentindo como se tivesse entrado em um labirinto do qual nunca poderia sair. Eu pensei que tinha morrido e ido para o inferno.

Então, quando já era noite, um amigo dos meus pais apareceu, passeando com o cachorro. Ele olhou para mim chocado enquanto eu gritava: “Estou queimando no inferno!” Eu também fiquei chocado. “Por que ele está passeando com seu cachorro no inferno?”, eu pensei.

Assim que ele se afastou, tomei uma decisão: “Vou pular na frente do próximo carro que aparecer. Não aguento mais.” Eu estava enlouquecendo.

Em poucos minutos, um carro veio correndo na esquina. Eu pulei na estrada diretamente na frente do carro e joguei minhas mãos no ar. O carro parou a poucos centímetros do meu corpo. Eram meus pais! O homem com o cachorro tinha ido a minha casa e, profundamente abalado, contou o que tinha visto. Eles vieram me procurar. Eles estavam prontos para parar naquele mesmo canto. Se tivesse sido qualquer outro carro, eu teria morrido.

 

Mas o que eu estava fazendo lá de qualquer maneira, tão desorientado? Como um garoto judeu legal como eu ficou tão bagunçado? E por que eu estava pensando no inferno? Deixe-me te contar a história. Acho que você ficará interessado em ouvir o que aconteceu!

Nasci na cidade de Nova York em 1955. Meu pai era advogado sênior da Suprema Corte de Nova York e ele e minha mãe eram tão felizes quanto qualquer casal que eu já conheci. Minha educação era típica de muitas crianças judias conservadoras de Nova York. Nós nos mudamos para Long Island, eu me saí bem na escola, pratiquei muitos esportes e, como todos os meus amigos, basicamente fiquei sem problemas. Mas algo mudou. Tudo começou inocentemente. . .

Quando eu tinha oito anos, comecei a tocar bateria. Não havia dúvida de que eu tinha capacidade. De fato, quando eu tinha quinze anos, eu já havia tocado em um álbum de estúdio. Mas minha música favorita era rock, e depois do meu Bar Mitzvah em 1968, fiquei interessado em tocar em uma banda. Eu queria ser baterista de rock, e todos os meus modelos eram conhecidos por seu uso pesado de drogas, rebelião e imoralidade flagrante. Eu queria ser como eles!

Em 1969, aos quatorze anos, quando me perguntaram se queria experimentar fumar maconha, fiquei muito feliz em obedecer. Logo tentei fumar haxixe também. Mas nenhum deles teve efeito algum em mim. Então, tentei usar drogas mais pesadas até chegar ao LSD. “Mas nunca farei nada pior do que isso”, pensei. No entanto, fui enganado. Logo comecei a usar mais e mais drogas. (Claro, eu tinha certeza de que nunca colocaria uma agulha no meu braço!). Então, tive a oportunidade de experimentar heroína. Eu amei! Eu tinha quinze anos

Quando eu tinha dezesseis anos, minhas notas começaram a cair na escola, e as drogas, o rock e a vida imunda eram minha porção diária. Por diversão, meus amigos e eu até invadimos algumas casas e um consultório médico. Experimentamos as drogas que encontramos e quase nos matamos. Mas afinal, éramos legais! Estávamos fazendo “nossa coisa”. E um dia seríamos famosos astros do rock!

Menos de um ano depois, eu estava vivendo para Deus e contando às pessoas sobre Jesus, o Messias e o Senhor dos gentios e judeus. Hoje, já viajei pelo mundo pregando e ensinando. Tive o privilégio de falar nos campus de universidades (incluindo Harvard e Yale), escrevi livros e artigos escritos que foram traduzidos para mais de uma dúzia de idiomas, debatidos e dialogados com rabinos no rádio e na TV, e obtive um doutorado em Línguas e Literaturas do Oriente Próximo da Universidade de Nova York, leciono como professor visitante nos principais institutos de teologia e atuo como presidente de duas faculdades bíblicas. O Criador do universo agora é meu Pai, Jesus, o Messias, é meu melhor e mais próximo amigo, vivo minha vida livre de ansiedade e medo, e a paz e a alegria de Deus me renovam todos os dias.

“Bem”, você pode dizer, “você estava bagunçado. Você estava procurando por algo. Você precisava mudar.”

Para ser perfeitamente sincero, eu estava confuso e estava procurando por algo – mas não era Deus! E eu absolutamente não queria mudar. Eu tinha encontrado meu estilo de vida e adorei! Eu gostava de usar drogas. Gostei da minha música. Eu gostava de cumprir os desejos da carne. O que eu procurava era mais prazer pecaminoso e mais excelência musical, levando a mais reconhecimento como baterista de rock.

Quanto a Jesus, ele não era mais importante para mim do que Muhammad ou qualquer outra figura religiosa estrangeira. Afinal, eu era judeu! E, pensava: “Se realmente existe um Deus, Ele sabe que, no fundo, tenho um bom coração. Se houver um céu, Ele certamente me aceitará”. Apesar da mentira, das drogas, da bebida, do orgulho, da rebelião, do roubo, da imoralidade, da boca e mente sujas, pensei que era realmente uma pessoa muito boa. Mal sabia eu que a Bíblia dizia: “Todo caminho do homem é reto aos seus próprios olhos, mas o SENHOR sonda os corações (Provérbios 21: 2)”. E, “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte (Provérbios 14: 12)”. A natureza humana sempre tenta se justificar!

Durante a primavera de 1971, meus dois melhores amigos (e membros da minha banda) começaram a frequentar uma pequena igreja de pregação do evangelho. Por quê? Porque eles gostaram de duas meninas que foram lá! E por que as meninas foram? Porque o tio deles era pastor e o pai estava orando por eles. Então, em agosto, eu também fui à igreja. Por quê? Porque eu queria atrair meus amigos! Eles estavam começando a mudar, e eu não gostei disso. Eles não estavam festejando como costumavam fazer. Eu tive que pará-los antes que fosse tarde demais. Você pode adivinhar o que aconteceu. Eu perdi a luta! O amor das pessoas da igreja começou a quebrar meu orgulho teimoso e, totalmente desconhecido para mim, suas orações começaram a ter um impacto. Algo dentro de mim começou a mudar! Na verdade, comecei a me sentir culpado pelas coisas sujas que estava fazendo.

Surpreendentemente, até aquele momento, eu nunca havia experimentado o menor remorso por roubar dinheiro de meu próprio pai, ou colocar meus pais em todo tipo de sofrimento por causa do meu uso de drogas, ou trair duas vezes minhas melhores amigas, ou ferir cruelmente alguém. Gostava da minha língua afiada e cruel. Agora, algo estava acontecendo. Quando eu não conseguia dormir à noite depois de me encher de mescalina ou engolir várias doses de LSD com anfetamina, comecei a me sentir desconfortável com meu estilo de vida, me vendo mais idiota do que um adolescente legal, e comecei a temer aquelas longas horas da noite, sozinho com a sensação de ser impuro, sozinho com o meu pecado.

Certamente, naquela época, eu não tinha idéia de que isso era algo chamado “convicção”, um processo maravilhoso pelo qual Deus nos mostra o quão realmente estamos doentes – a fim de nos tornarmos inteiros. E não fiz nenhuma conexão entre essa súbita mudança de atitude e as orações desses sinceros cristãos. Em vez disso, tomei uma decisão: não usarei nenhum medicamento que me mantenha acordado à noite! E fiquei longe da igreja pelos próximos três meses.

Quando finalmente voltei para lá em novembro, algo completamente inesperado aconteceu comigo. Não era o que eu estava antecipando! Pela primeira vez na minha vida, acreditei que Jesus morreu por mim (em outras palavras, Ele pagou a penalidade que eu merecia, morreu em meu lugar) e que ressuscitou dos mortos.

Isso não me pareceu uma notícia especialmente boa! Como posso dizer isso? Simples. Uma coisa era para meus amigos realmente confiarem em Jesus. Afinal, um era metodista e o outro ortodoxo russo. Mesmo que eles fossem apenas cristãos no nome, tornar-se um cristão na verdade não me pareceu um salto religioso tão grande. Eu pensei que as diferentes religiões cristãs estavam próximas o suficiente!

Mas para mim, um judeu (mesmo um judeu não religioso), como eu poderia acreditar em Jesus? (Lembre-se: naquela época, eu não sabia que o nome hebraico de Jesus  é Yeshua e que o nome hebraico da mãe de Jesus é Miriam, ou que “Cristo” significa “Messias” ou que ele veio ao mundo para salvar seu povo judeu, ou que ele viveu e morreu como judeu fiel.) Para mim, Jesus era apenas para os gentios.

Mas havia um problema muito maior que eu enfrentei: seguir Jesus e entrar em um relacionamento correto com Deus significava que eu tinha que me afastar dos meus pecados. Eu não queria fazer isso! Havia muito prazer no meu pecado. E como eu poderia ser um famoso baterista de rock e um bom e limpo frequentador de igrejas ao mesmo tempo? Além disso, eu estava orgulhoso demais para admitir que poderia estar errado. (Algumas pessoas preferem morrer a admitir que estão erradas.) Eu era tão teimoso quanto eles. E como eu adorava discutir, afinal, eu era filho de um excelente advogado! No entanto, de alguma forma, a bondade e a paciência de Deus superaram minha obstinação, meu orgulho, meus hábitos pecaminosos e meus mal-entendidos religiosos. No final de 1971 eu era um novo homem! O Pai celestial interveio nos meus assuntos, fazendo-me saber que eu era culpado aos Seus olhos, expondo a corrupção do meu coração.

O que tudo isso tem a ver com você? Deixe-me explicar. Veja bem, eu não era pecador porque estava consumindo heroína. Eu estava usando heroína porque era um pecador. O pecado assume muitas formas. Mas aos olhos de Deus, todos nós somos pecadores. Em outras palavras, todos nós somos culpados à luz de Seus padrões e leis. E, no fundo, a maioria reconhece que Suas leis estão certas. No entanto, ainda as quebramos. Por quê? Porque por natureza somos uma raça caída. Ninguém precisa nos ensinar a mentir, a desejar o mal, a ser egoísta, a odiar, a guardar rancor, a enganar, a ser ganancioso, a invejar. Essas coisas vêm naturalmente para nós – até para os melhores de nós!

De acordo com as Escrituras, o primeiro e maior mandamento é: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento (Mateus 22: 37)”. Em vez disso, encontramos tempo para negócios, lazer, família, amigos, esportes, entretenimento, relaxamento, hobbies, educação ou qualquer outra coisa importante para nós. Mas Deus não é tão importante para nós! Ele certamente não é aquele em torno de quem nossas vidas giram. Se Ele fosse, encontraríamos mais tempo e energia para Ele. Ele deveria vir primeiro.

E o segundo mandamento? Tanto Moisés como Jesus ensinaram que o próximo grande mandamento é: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Mateus 22: 39)”. Falhamos aqui também! Pense em todos os assassinos, estupradores, traficantes de drogas, abusadores de crianças, chefes de crimes e ladrões – a lista continua. É claro que eles não amaram seus vizinhos como eles mesmos. Mas não sejamos tão rápidos em condenar.

Talvez você não tenha matado alguém. Mas você os odiou? Então você é culpado de não amar o seu próximo como a si mesmo! Talvez você não tenha cometido adultério com aquele cônjuge bonito de seu amigo ou chefe. Mas se você está ardendo de desejo por eles, cometeu adultério em seu coração. Aos olhos de Deus, você é culpado! E a penalidade para os culpados de violar as leis de Deus é a morte.

“Nesse caso”, você diz, “estamos com problemas! Todos são culpados”. Exatamente. É por isso que Deus enviou Seu Filho ao mundo. Embora não O merecêssemos, e embora seja mais do que poderíamos pedir ou imaginar, Deus fez algo incrível. A Bíblia diz que Ele amou o mundo de tal maneira – e isso significa que Ele te amou – que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3: 16).

Jesus morreu por você! Em vez de você e eu termos que pagar por nossos pecados (e seria perfeitamente justo se Deus exigisse que pagássemos), Jesus pagou por nossos pecados. Em vez de você e eu termos que sofrer a pena de morte, Jesus sofreu por nós. Foi isso que Ele quis dizer quando afirmou: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos (João 15: 13)”. Ele também disse: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas (João 10: 11)”.

E foi isso que o profeta judeu Isaías quis dizer quando escreveu sobre a morte do Messias centenas de anos antes:

Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele (Jesus!) a iniquidade de nós todos (Isaías 53: 5 e 6).

Isso está fazendo sentido para você agora? Você entende por que Jesus morreu na cruz? Ele carregou seus pecados para que você não precise mais carregá-los!

Volte para Deus e peça que Ele perdoe você. Reconheça sua culpa e diga: “Deus, tenha misericórdia de mim! Afasto-me dos meus pecados”. Peça a Ele para purificá-lo e lavá-lo através do sangue que Jesus derramou. Coloque sua fé no Filho de Deus. Ele morreu por você e ressuscitou dos mortos. Acredite nele e submeta-se a ele como seu Senhor. Você nunca será o mesmo! E você nunca vai se arrepender.

O que Ele fez por mim – de uma maneira única e pessoal – Ele pode fazer por você. Ele morreu para que você pudesse viver. Ele se tornou culpado para que você pudesse se libertar. Ele desceu à terra para que um dia você pudesse ir para o céu. Mas se você O recusar, a porta será fechada. Você vai morrer em sua culpa, sem desculpa. O Deus Todo-Poderoso lhe dirá: “Afaste-se de mim para o fogo eterno!” Então será tarde demais!

Por isso dediquei um tempo para contar a minha história. Pode se tornar sua história também! Você pode experimentar o maior amor que o mundo já viu. Através de Jesus, você pode conhecer o Deus que criou você. Então você realmente viverá – neste mundo e no mundo vindouro. Servir a Deus vale tudo!

 


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Quem é Jesus? Conheça o judeu mais famoso que já viveu.

Quem é Jesus? Conheça o judeu mais famoso que já viveu.

 

 

by Susan Perlman | 6 de abril de 2018.

 

Jesus era judeu?

 

Você ficaria surpreso em ouvir que um importante líder judeu fez a seguinte declaração?

“A maioria dos retratadores da vida de Jesus negligenciam apontar que Jesus é em todas as características um personagem genuinamente judeu, que um homem como ele só poderia ter crescido no solo do judaísmo, apenas ali e em nenhum outro lugar. Jesus é uma personalidade judaica genuína, todas as suas lutas e obras, suas posturas e sentimentos, sua falas e silêncio, trazem a marca de um estilo judaico, a marca do idealismo judaico, do melhor que foi e está no judaísmo, mas que então existia apenas no judaísmo. Ele era um judeu entre os judeus; de nenhum outro povo poderia um homem como ele surgir, e em nenhum outro povo poderia um homem como ele trabalhar; em nenhum outro povo ele poderia ter encontrado os apóstolos que acreditavam nele.”¹

O Rabino Leo Böck, o principal filósofo-teólogo e historiador da religião, embora rejeitasse fortemente o cristianismo, viu a necessidade de declarar o Judaísmo de Jesus na passagem acima. Ele enfatizou que Jesus (Yeshua) era um judeu, nascido entre o povo judeu e reconhecido por outros judeus de sua época.

 

Nasceu em Belém da Judéia

 

Não é preciso ser teólogo, entretanto, para ver o caráter judaico de Jesus. Isso é evidente no relato de seu nascimento em Belém da Judéia. A narrativa (conforme registrada no Novo Testamento) fala de sábios que vieram de longe a Jerusalém, perguntando ao rei Herodes: “Onde está aquele que nasceu rei dos judeus? Vimos sua estrela no leste e viemos para adorá-lo. “²

Herodes era, ao que tudo indicava, menos do que justo. Além disso, ele não era o legítimo rei da Judéia. Portanto, não é surpresa que ele tenha ficado perturbado com a notícia dos sábios. Herodes perguntou aos líderes religiosos que tinham mais conhecimento onde o messias deveria nascer e soube que o lugar havia sido predito pelo profeta Miquéias, centenas de anos antes:

“E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel.”³

Herodes não ficou nada satisfeito com essa informação. Ele, em uma conspiração diabólica muito parecida com a de Faraó, massacrou bebês judeus na tentativa de manter sua própria realeza. Ele queria pôr fim à vida daquele que se tornaria o governante de Israel.

No entanto, ele não foi capaz de extinguir aquele bebê que nasceu em Belém de uma jovem judia chamada Miriam (Maria). E desde o momento de seu nascimento, à circuncisão, à cerimônia de Pidyon Haben, ao Bar Mitzvah, aos d’Roshes nas sinagogas e até mesmo ao epitáfio final, um sinal sobre sua cabeça no instrumento de sua execução, “Jesus De Nazaré, o Rei dos Judeus “, este chamado Yeshua foi identificado com o povo judeu.

 

Jesus afirmou ser o messias judeu?

 

Alguns disseram que Jesus era de fato um bom judeu, um judeu praticante, talvez até um profeta de nosso povo, mas ele nunca afirmou ser o Messias. Alguns dizem que a noção de que ele era um salvador, um mediador entre o povo e Deus, foi apresentada por seus seguidores.

No entanto, o que Jesus disse sobre si mesmo?

Uma vez, quando ele estava viajando com seus discípulos, ele perguntou-lhes:

“Quem diz o povo ser o Filho do Homem?”

E eles responderam “Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros,        Jeremias ou algum dos profetas.”

“Mas vós”, continuou ele, “quem dizeis que eu sou?”

Respondendo Simão Pedro, disse “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” Então, Jesus lhe afirmou “Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.”4

 

A verdadeira identidade de Jesus

        

Jesus não apenas aceitou o título de “Messias, o Filho do Deus vivo”, mas declarou a Simão Pedro que o próprio Deus havia revelado que essa era sua verdadeira identidade.

Uma vez, quando ele estava viajando sozinho, ele encontrou uma mulher samaritana em Sichar. Nesse encontro com Jesus, ela disse-lhe:

“Eu sei”, respondeu a mulher, “que há de vir o Messias, chamado Cristo; quando ele vier, nos anunciará todas as coisas.” Disse-lhe Jesus: “Eu o sou, eu que falo contigo.”5

A mulher saiu correndo para contar aos homens da vila sobre seu encontro com Jesus. Depois de uma longa conversa com ele, eles declararam sua própria crença em seu messiado.

Um comentarista, John Stott, disse: “a característica mais notável do ensino de Jesus é que ele falava com frequência de si mesmo.”6

 

Jesus comparado a outros líderes religiosos

 

Ele explicou ainda que isso diferenciava Jesus de outras grandes figuras religiosas que eram modestos enquanto Yeshua avançava por conta própria. Outros direcionariam as pessoas para longe de si mesmas e para “a verdade”. Eles expressaram seus ensinamentos em frases como: “Pelo que entendi, essa é a coisa certa a fazer”. Em contraste, Jesus disse: “Eu sou a verdade, siga-me.”

Se Jesus (Yeshua) não era o messias como afirmava, ele certamente era o rabino mais arrogante e blasfemo de toda a história. Se ele não era “o Messias, o Filho do Deus vivo”, como afirmava ser, ele merecia coisa pior do que a crucificação. Então, como é que tantas pessoas acreditaram em suas afirmações e o seguiram? O que impressionou os ouvintes de Jesus?

 

Jesus falava com autoridade!

 

Sábios judeus ensinavam citando opiniões de outros rabinos. Um poderia dizer: “Rabino Shammai diz isso e aquilo, mas Rabino Hillel disse o contrário.” Então o rabino, que estaria postulando, indicaria qual autoridade, em sua opinião, deveria receber mais peso.

Yeshua não apresentou os “muitos lados diferentes” da questão. Ele falou sobre cada questão diretamente e com autoridade. Ele não precisava apresentar muitas opiniões para serem pesadas e consideradas. Ele delineou o que era verdade em declarações simples e diretas.

Em um ensino específico, comumente chamado de “o sermão da montanha”, Jesus reiterou vários pontos da lei e deu seu próprio ensino como resposta de autoridade. Por exemplo, ele disse:

“Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra”7

O ditado “olho por olho” fazia parte da Torá dada por Moisés. Jesus ensinou algo que o substituiu, reivindicando assim uma autoridade além de Moisés. Considerando que Deus deu a lei a Moisés, como Jesus poderia ousar afirmar uma opinião que ia além do ensino de Moisés? Isso não era apenas arrogante, era herético – se ele não tivesse autoridade de Deus para apoiá-lo. No entanto, em seu ensino, Yeshua não mostrou hesitação, nenhum “talvez” ou “pode ser que” ou “parece-me”. Ele falou sobre o passado antigo como se tivesse sido uma testemunha ocular dele. Quando questionado pelos líderes religiosos de sua época:

“És maior do que Abraão, o nosso pai, que morreu? Também os profetas morreram. Quem, pois, te fazes ser?”

Respondeu Jesus: “Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se.”

Perguntaram-lhe, pois, os judeus: “Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão?”

Respondeu-lhes Jesus: “Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, Eu Sou.”8

 

Jesus anunciou sua divindade

 

Nessa declaração surpreendente, Jesus não apenas estabeleceu que sua existência precedeu o nascimento de Abraão, mas pela construção da linguagem, ele anunciou sua divindade.9

Ele não apenas conhecia o passado e o presente10, mas falava do futuro como se o estivesse vendo no presente11. Ele continuamente apontava para sua divindade, bem como sua messianidade, pela maneira como falava com autoridade em todas as fases do tempo.

Uma vez, quando Yeshua estava na sinagoga, ele recebeu o livro do profeta Isaías. Desenrolando-o, ele leu a parte: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar a liberdade para os prisioneiros e a recuperação da visão para os cegos, para libertar os oprimidos, para proclamar o ano da graça do Senhor. ” Yeshua então enrolou o pergaminho, devolvendo-o ao gabbai (assistente) e se assentou.

O relato do evangelho de Lucas diz que: “Os olhos de todos na sinagoga estavam fixos nele, e ele começou dizendo-lhes:” Hoje esta escritura se cumpre aos vossos ouvidos. “11

Quando Jesus falou, as pessoas tiveram que ouvir. Eles podem não ter gostado do que ele disse, mas não podiam levar sua atenção para outro lugar. Ele era impossível de ignorar.

 

Jesus tinha poder para operar milagres

 

Operadores de milagres não eram incomuns na Judéia do primeiro século. Havia feiticeiros, adivinhos e curandeiros. Alguns usavam truques. Outros se associavam com ‘espíritos familiares’, usando encantamentos, amuletos e poções para realizar seus feitos mágicos. Ao contrário de Jesus, eles não curavam por conta própria.

Às vezes, Yeshua usava o que poderia ser considerado um tipo de tratamento médico, como um cataplasma nos olhos de um cego. No entanto, mesmo que a mistura de lama e saliva tivesse valor medicinal, a cura superava em muito qualquer efeito que a técnica pudesse ter. Foi muito além do que uma cura comum poderia alcançar. Um homem, cego de nascença, de repente conseguia enxergar.

Outras vezes, ele simplesmente fazia a seguinte pergunta: “Você quer ser curado?” ou “Você acredita?”

 

Os milagres de Jesus e os olhos do público

 

No início de seu ministério, Jesus disse às pessoas que não contassem aos outros como haviam sido curados. Isso parece indicar que seus milagres eram de uma classe superior do que quaisquer outros de sua época. Jesus sabia que seria uma figura pública assim que o povo visse seu poder. Ele parecia ter um calendário que o mantinha temporariamente fora dos olhos do público. No entanto, uma vez que se soube que ele poderia curar até as enfermidades mais desesperançosas e que poderia alimentar milhares de pessoas multiplicando alguns pães e alguns peixes, ele teve uma multidão de pessoas o seguindo.

Durante o curso de seu ministério público, um homem foi baixado em um estrado através do telhado porque a sala estava lotada demais para que ele trouxesse da maneira padrão. Yeshua comentou sobre a fé dos amigos que fizeram tanto esforço para apresentar a ele seu amigo paralítico. Então ele disse ao paralítico que pegasse sua maca e andasse, e ele o fez!

E qual foi o comentário de Jesus sobre a cura? “Para que saibais que o filho do Homem tem autoridade na terra para perdoar pecados.” Ao contrário dos profetas antes dele, ele não era apenas o agente usado por Deus; ele reivindicou o poder de Deus para si mesmo.

 

O poder milagroso de Jesus, mesmo de longe

 

O poder de Jesus era tal que ele nem mesmo precisava estar fisicamente presente com as pessoas para curá-las. Foi o que aconteceu com o escravo do centurião romano (soldado). Aquele centurião não deixava de ter autoridade por seu direito, mas ele entendeu que a essência do poder de Yeshua era uma autoridade que excedia em muito a sua própria. “Apenas diga a palavra”, insistiu o soldado, “e ele será curado.”

Talvez o mais surpreendente de todos os milagres de Yeshua tenha sido sua habilidade de ressuscitar uma pessoa dos mortos. De acordo com as Escrituras Hebraicas, o profeta Eliseu trouxe de volta um menino dos mortos.12 Porém, no caso de Lázaro, o homem não apenas havia morrido, mas estava em uma tumba por quatro dias. O processo de decomposição já havia começado. Mesmo assim, Jesus garantiu à irmã de luto do morto, Marta, que seu irmão ressuscitaria.

“Eu sei”, replicou Marta, “que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia.” Disse-lhe Jesus “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?”

(Era uma crença comum que quando o messias viesse, ele ressuscitaria todos os mortos.)

“Sim, Senhor”, respondeu ela, “eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo.”13

Quando Jesus chamou Lázaro para fora da tumba em decomposição, foi um ato de Deus sem precedentes.

Os milagres de Jesus estavam anos-luz além dos de qualquer curador de sua época, do ponto de vista da magnitude e da autoridade que demonstraram. E durante todo o seu ministério público, Jesus realizou esses milagres para apoiar suas reivindicações.

 

Jesus (Yeshua) era misterioso

 

Existem pessoas cujo comportamento misterioso leva outras a considerá-las excêntricas. O mistério em torno de Yeshua, no entanto, não era um comportamento estranho ou excêntrico. Em vez disso, seu “mistério” estava nas parábolas que ele contou e nas afirmações que ele fez que pareciam estar além da compreensão.

Por exemplo, Yeshua se encontrou com o líder judeu, Nicodemos, e disse-lhe que ele precisava nascer de novo. Nicodemos ficou intrigado. Ele apontou a impossibilidade óbvia; como ele poderia voltar para o útero de sua mãe? Yeshua levantou um pouco do mistério ao dizer que uma pessoa nasce da água e do Espírito e que o que Nicodemos precisava era de um renascimento espiritual. No entanto, a ideia de um renascimento espiritual não era muito mais fácil de entender ou aceitar do que a reentrada fisicamente impossível no útero. Jesus usou imagens para levar as pessoas do familiar ao desconhecido, e muito do que ele disse era um mistério para seus ouvintes.

 

Águas vivas

 

No dia final da Festa de Sucote, ele disse aos adoradores no Templo que quem tivesse sede precisava beber do keren Yeshua, as águas vivas, a fonte da salvação. Novamente, ele passou do que era facilmente compreendido para algo invisível, misterioso.

Yeshua poderia ter falado muito claramente, mas ele escolheu revelar a verdade em um nível mais profundo que levou as pessoas a ponderar. Por meio de hipérboles, metáforas, eufemismo e ironia, ele deu respostas que não eram facilmente compreendidas. Uma pessoa não poderia encontrar Yeshua e apenas ter uma conversa agradável. Ele expressou as coisas de uma maneira que fez as pessoas buscarem soluções para os mistérios que ele levantou em seus corações e mentes. Ele mudou a vida de todos que o conheceram.

 

Jesus era “de outro mundo”

 

Yeshua nasceu em Belém, foi criado em Nazaré e foi, em muitos aspectos, uma pessoa de seu tempo e lugar. No entanto, ele não estava apenas cercado por uma sensação de mistério, mas também separado por uma sensação de alienação. Não é que ele fosse hostil ou que procurasse excluir os outros. A alienação ocorreu porque ele conhecia e amava o que era perfeito e estava comprometido com essa perfeição. Outros tiveram dificuldade em compreender a beleza e maravilha da perfeição que Jesus experimentou, e que o separava de outras pessoas.

Mesmo quando era um menino de doze anos, o sobrenatural de Yeshua era evidente. Quando ele foi separado de sua mãe, Miriam, e de seu pai adotivo, Yosef (José), eles pensaram que ele havia se desviado, que estava perdido. Ao encontrá-lo no Templo, eles o repreenderam como os pais naturalmente fariam. “Estou a tratar dos negócios do meu pai”, disse-lhes ele, e não se referia a José, mas sim a uma linhagem que ia além desta terra.

Da mesma forma, quando Yeshua disse a Nicodemos que uma pessoa não pode ver o reino de Deus sem nascer de novo, ele estava revelando seu outro mundo.

Jesus contou às pessoas detalhes sobre suas vidas que ele não teria como saber na terra.14 Quando Jesus disse a um homem que seus pecados estavam perdoados, ele sabia o que os líderes religiosos presentes estavam pensando e respondeu aos pensamentos não falados. Foi dito que ele sabia o que estava “no coração de todos”.15 Mas ele não sabia apenas o que estava em seus corações. Ele se preocupava com eles como pessoas.

 

Jesus amava as pessoas!

 

Yeshua, ao contrário de muitos outros líderes de sua época, mostrou um profundo amor pelas pessoas – todos os tipos de pessoas. As únicas pessoas que não foram tocadas por esse amor foram aquelas que não o quiseram. Yeshua estendeu perdão, aceitação, aprovação e apreço a todos, exceto aos que são autossuficientes e hipócritas. Exceto esses, Jesus queria estar com quem quisesse estar com ele.

Yeshua ensinava de uma forma que fazia as pessoas sorrirem, mas ele nunca falhava em confundir o orgulhoso e intrigar o arrogante. Ele era um homem com calosidades nas mãos, um magnífico senso de humor que se transformou em sagacidade. Ele era uma pessoa compassiva, atenciosa e amorosa com aqueles que eram vulneráveis, amedrontados, desesperados e oprimidos. Ele nunca deixou de fazer as pessoas se sentirem melhor de alguma forma do que quando as conheceu.

A companhia que ele mantinha

 

Ele passou um tempo com os cobradores de impostos, pescadores, mulheres de reputação duvidosa, pessoas cultas, fazendeiros com sujeira debaixo das unhas, judeus, samaritanos e até romanos. Ele gostava da companhia de crianças pequenas quando outros queriam mandá-las embora. Ele apreciava os dons das mulheres, enquanto outros rabinos não permitiam o contato com uma mulher por medo de contaminação.

Yeshua comia com todos os tipos de pessoas, ria com elas, chorava com elas e por elas e, por fim, morreu por elas.

 

Jesus estava disposto a ser julgado, condenado e crucificado.

 

Segundo todos os relatos, Yeshua não lutou por sua vida ou mesmo procurou se defender legalmente – embora tivesse motivos para fazê-lo. Quando a polícia eclesiástica veio buscá-lo, ele poderia ter lembrado que eles não tinham autoridade além do terreno do Templo.

Yeshua poderia ter lembrado a eles que, de acordo com a lei judaica, eles não tinham o direito de prendê-lo sem uma acusação. Se Judas fosse seu acusador, Yeshua poderia ter contestado a integridade de Judas como testemunha, mostrando que Judas era um ladrão que estava roubando do tesouro. Ele poderia ter respondido a falsas acusações com a verdade retumbante: “Eu não disse isso.”

 

“O Rei dos judeus”

 

Quando o governador perguntou a Jesus se ele era “o rei dos judeus”, ele respondeu: “Sim, é como você diz”. Certamente, se ele era um rei, ele era notável por sua normalidade. No entanto, essa pessoa extraordinariamente comum, Yeshua, ostentava uma ostentação que estava além da imaginação das pessoas mais insanas. Ele não apenas admitiu que estava destinado a ser rei, mas afirmou que poderia chamar doze legiões de anjos em sua defesa, se escolhesse.

No entanto, ele fez uma escolha diferente. Assim como uma ovelha que é levada para o matadouro não reclama, Yeshua não abriu a boca para proferir uma palavra de protesto. Ele sabia que estava destinado a reinar, mas também sabia que estava destinado a morrer primeiro. Ninguém nunca morreu como Yeshua morreu e ninguém jamais conquistou tanto com sua morte. Sua morte não foi o fim, mas o começo.

 

O mundo mudou com a vinda de Jesus.

 

A maioria de nós vive de acordo com um calendário que mede o tempo, o número de anos antes de Yeshua caminhar sobre a terra e o número de anos desde então. Isso por si só é uma evidência de seu profundo impacto em nosso mundo. Bibliotecas inteiras podem estar repletas de livros escritos sobre ele. Ele inspirou obras-primas musicais como o Messias de Handel, séculos depois de caminhar sobre a Terra. Grandes mestres, como Michelangelo e Botticelli, buscaram glorificar Yeshua em obras de arte que podem ser encontradas nos museus e galerias mais renomados nesse globo.

De Agostinho a Adler e Einstein, os maiores filósofos e cientistas igualmente tiveram que lutar com seus ensinamentos e ponderar sobre sua pessoa. E aqueles filósofos que viveram antes de sua vinda falaram da ética e da estética que a vida de Yeshua personificava.

 

Yeshua em todo o mundo

 

Por causa de Jesus, as pessoas nas selvas remotas, bem como nos mais altos salões de ensino, sabem algo sobre o povo judeu e nossos ensinamentos. Eles estão familiarizados com a geografia da pátria judaica. As pessoas estão mais familiarizadas com Belém do que com Bombaim e têm mais apego a Jerusalém do que a Roma. Pessoas de todas as raças são chamadas de Abraão, Davi, Jacó, Isaías e Raquel por causa de Yeshua. Eles se sentem relacionados ao povo judeu por meio de Jesus.

As religiões orientais ensinavam que as pessoas que sofreram, dor, doença e morte prematura estavam sendo punidas com justiça por comportamento desonroso em uma vida anterior. Enquanto as religiões orientais aceitavam o sofrimento como carma a ser repetido vida após vida, Yeshua ensinava compaixão pelo sofrimento. Graça e perdão fluíram dele e ainda assim sua justiça não foi comprometida. É por isso que as pessoas o amavam e ainda o amam.

 

Em nome de Jesus Cristo…

 

Nem todos os que disseram ser cristãos se comportaram de acordo com o exemplo de Yeshua. Ele ensinou amor, humildade e dignidade a todas as pessoas. Quando você encontra ódio, preconceito e intolerância no nome de Jesus, você encontra uma falha em seguir aquele cujo nome está sendo usado. Todos os cristãos que mostram falta de compaixão estão ignorando, até mesmo contra-ordenando, o exemplo de Cristo.

É muito fácil jogar a culpa em Jesus pela perseguição que ele nunca ensinou ou tolerou. Os seres humanos são perfeitamente capazes de perseguir uns aos outros, não por causa de Jesus, mas apesar dele. Pessoas que realmente são discípulos de Jesus mostram alguma disciplina ao seguir seus ensinamentos.

 

O lado bom

 

Os hospitais foram estabelecidos por compaixão cristã. Os missionários trouxeram escolas e literatura a lugares distantes por causa de Jesus. Profissionais médicos e agrícolas viajavam de longe para prestar seus serviços por causa do amor de Yeshua. Pessoas como Martin Neimöller, Raoul Wallenberg e Corrie Ten Boom enfrentaram Hitler e o ódio que ele vomitou por causa do amor que encontraram em Yeshua.

Se Jesus tivesse simplesmente vivido e morrido, o mundo não teria sido alterado para sempre com sua vinda. Mas sua ressurreição coloca Jesus em cena em todos os episódios da história. Sua vida observável após a crucificação tornou Jesus a pessoa mais poderosa e influente que já viveu, porque ele ainda vive. E o fato de ele ainda viver e desejar mudar a vida das pessoas é maravilhoso para aqueles que querem o que ele tem a oferecer, e uma ofensa para quem não quer.

 

O lado escuro

 

Detratores insistem em atos de cristãos “apenas em nome” ou nos atos de cristãos que se desviam, ao invés de lidar com a pessoa de Yeshua, mesmo quando confrontados com o fato de que os dois são separados. Afinal, o judaísmo não é invalidado pelos atos do povo judeu que violam qualquer um dos 613 preceitos da lei.

Da mesma forma, aquelas pessoas que levam Jesus a sério e procuram viver de acordo com seus ensinamentos são uma minoria. Por que a maioria das pessoas, judeus e gentios, não quer ouvir sobre Yeshua?

 

O preço de seguir Jesus

 

A ironia é que, como diz o ditado, “Quanto mais as coisas mudam, mais elas permanecem as mesmas.” Quando Jesus andou sobre a Terra, alguns dos rabinos e líderes de sua época o seguiram, mas foi preciso muita coragem para ir contra a maré. Algumas das pessoas mais ricas que tinham posição e poder foram capazes de ver além de suas riquezas para a pobreza espiritual que Jesus veio aliviar.

Mas aqueles que o evitavam ou desprezavam achavam que não precisavam de seu amor ou de sua compaixão, pois se viam como autossuficientes. Eles não entendiam por que Jesus fazia companhia a pessoas que estavam abaixo de seu contentamento. E eles pareciam raciocinar que, se Jesus fosse tão nobre como eles, ele se distanciaria da escória da sociedade.

Hoje, muitos ridicularizam os crentes em Jesus como fracos, perdedores sem causa, que procuram uma solução rápida para seus problemas. Alguns veem Jesus como uma muleta e se consideram espiritualmente aptos, não tendo necessidade dele. Para essas pessoas, é irrelevante se Jesus é ou não quem diz ser. Considerá-lo é concordar em se associar ao tipo de pessoa carente que ele atrai e que eles não desejam assim fazer.

 

A verdade sobre Jesus

 

Jesus é tão paciente e amoroso como sempre foi. Ele não restringe sua graça àqueles que são bem-educados e altamente empregáveis. Ele não reserva misericórdia para os politicamente corretos e bem relacionados. Ele está interessado em dar esperança aos oprimidos e aos opressores, aos que têm e aos que não têm.

Jesus também é tão misterioso como sempre foi. Aqueles que aceitaram seu amor e perdão e entregaram suas vidas a ele, não conseguem explicar a qualidade de sua vida espiritual para aqueles que ainda não experimentaram o novo nascimento. Mas pode-se ter vislumbres disso na vida de quem o conhece melhor. Eles continuam a ser motivados por sua pessoa e movidos por seu poder.

No entanto, ele ainda é invisível, desconhecido e não ouvido, exceto por aqueles que têm ouvidos para ouvir e coração para compreender.


 

Susan Perlman  é Diretora de Parceria de Jews For Jesus e trabalha com agências missionárias com ideias semelhantes, congregações messiânicas, igrejas, associações e instituições teológicas com o propósito de estabelecer parcerias estratégicas para que possam fazer mais para abençoar os judeus com as boas novas de Yeshua do que sozinhos. Ela também atua como primeira assistente do diretor executivo David Brickner. Uma das co-fundadoras do Judeus por Jesus, Susan também faz parte da Equipe de Liderança Executiva. Este artigo foi originalmente publicado aqui.

 

Artigo publicado pelo Instituto Tzadik BaEmunah com autorização da autora. Thanks Susan!

 

Traduzido por:

Mariana Reis, é brasileira, tem 24 anos, é tradutora voluntária do INSTITUTO TZADIK BAEMUNAH, reside atualmente em Annapolis, Maryland  – MD, USA. Thanks Mari!

 


 

Notas finais:

 

1 Leo Bµck, Harnack Vorlesungen über das Wesen des Christentums (Breslau: n.p., 1902)

2 Mateus 2:2

3 Mateus 2:6

4 Mateus 16:14-17

5 João 4:25,26

6 Basic Christianity, John R. W. Stott, p.22, London, InterVarsity Fellowship ? 1968

7 Mateus 5

8 João 8:53-58

9 O nome que o Todo-Poderoso deu a Moisés para fazer exigências ao Faraó foi ‘Eu Sou’. Diga ao Faraó que fui enviado a você. Êxodo.

10 Mateus 10:23, 12:40, 16:27

11 Lucas 4:21

12 2 Reis, capítulo 4

13 João 11:24-27

14 Veja João 1:48-50, 4:18

15 Atos 1:24

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A Misericórdia חֶסֶד (hesed) no Tanach (A.T.)

A misericórdia חֶסֶד (hesed) no Tanach (A.T.)

                          “Misericordioso e compassivo é o Senhor, tardio em irar-se de grande misericórdia”  Salmo 145:8


Definindo o termo hesed no Tanach

 

O termo hebraico – hesed, segundo o dicionário Strong significa: bondade, benignidade, fidelidade (STRONG. James, 2002. p.341). Durante séculos a palavra hesed foi traduzida por palavras como misericórdia, bondade, amor. A Septuaginta (LXX – tradução judaica do Tanach em grego) geralmente utiliza eleos, e o latim, misericórdia. Misericórdia é um sentimento de compaixão, despertado pela desgraça ou pela miséria alheia. A psicologia moderna chama de empatia – a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, ou como dizia o psicólogo Carl Rogers: “ser empático é ver o mundo com os olhos do outro e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele”.

A tradução para misericórdia tem sua origem no latim, e é formada pela junção de miserere (ter compaixão), e cordis (coração). “Ter compaixão do coração”, significa ter capacidade de sentir aquilo que a outra pessoa sente, aproximar seus sentimentos dos sentimentos de alguém, se colocar no lugar do outro, enfim ser solidário com as pessoas.

O vocábulo hesed (misericórdia, bondade, fidelidade) aparece cerca de 246 vezes no Tanach, praticamente a metade está no livro dos Salmos, 32x ocorre como adjetivo, mas, principalmente como substantivo, indicando aquele cujo viver é de acordo com os princípios da misericórdia divina – o hesed. A palavra é usada duas vezes em relação ao próprio Deus como bondoso: “Proferirão abundantemente a memória da tua grande bondade, e cantarão a tua justiça” e fiel: “Vai, pois, e apregoa estas palavras para o lado norte, e dize: Volta, ó rebelde Israel, diz o Senhor, e não farei cair a minha ira sobre ti; porque misericordioso sou, diz o Senhor, e não conservarei para sempre a minha ira” (Sl.145:7; Jr.3:12), (VANGEMEREN, Willem A. (org.), Vl. 2, 2011, p.209).

Cabe destacar que seu uso é apresentado numa relação tanto entre os homens quanto entre Deus e os homens. Vejamos uma definição e uso de hesed: O conceito de fidelidade, amor imutável, ou, de forma mais geral, bondade, representado por hesed, apresenta um aspecto fortemente relacional, que é essencial a qualquer definição apropriada do termo. E empregado, geralmente, para expressar as atitudes e o comportamento dos homens no relacionamento mútuo, mas descreve, mais frequentemente, a disposição e as ações beneficentes de Deus para com o fiel, Israel, seu povo, e para com a humanidade em geral. A expressão “a bondade do Senhor/Deus”, como ocorre em 1 Samuel 20:14: “E, se eu então ainda viver, porventura não usarás comigo da beneficência [hesed] do Senhor, para que não morra?”; e 2 Samuel 9:3: “E disse o rei: Não há ainda alguém da casa de Saul para que eu use com ele da benevolência [hesed] de Deus? Então disse Ziba ao rei: Ainda há um filho de Jônatas, aleijado de ambos os pés”, representa, pelo menos formalmente, uma intersecção entre esses dois planos do hesed humano e divino (VANGEMEREN, Willem A. (org.), 2011, p.209).

           

A importância do termo misericórdia nos textos do Tanach

 

tanach

Passemos a considerar os textos das Escrituras (A.T.) que trazem o vocábulo hesed – misericórdia, bondade, fidelidade em seus mais variados usos e significados, demonstrando assim sua importância no texto bíblico do Tanach.

Geralmente revelado nas amizades como em 1 Samuel 20:8, em que Davi lembra Jônatas da necessidade de permanecer fiel a ele de acordo com o pacto que selaram: “usa, pois de misericórdia para com o teu servo, porque lhe fizeste entrar contigo em aliança no Senhor.”

O que Deus espera dos homens?

 

A divindade dá maior importância ao hesed do que ao sacrifício: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade [hesed], e andes humildemente com o teu Deus?” (Mq.6:8). Os que observam esse padrão são homens de hesed (cf. Is.57:1; Pv.11:17); além disso, a prática de hesed tem a aprovação de Deus e dos homens: “Não te desamparem a benignidade [hesed] e a fidelidade [emet]; ata-as ao teu pescoço; escreve-as na tábua do teu coração. 4. E acharás graça [hen] e bom entendimento aos olhos de Deus e do homem” (Pv:3:3-4).

Os escritores bíblicos apresentam a fragilidade da vida. A vida está em perigo por ameaças apresentadas pelas calamidades da natureza, pela hostilidade dos inimigos, e pela fraqueza da própria pessoa. Os mesmos escritores, representando a humanidade necessitada,  clamam a Deus para salvá-los por sua misericórdia. Em Gênesis 19:19, Ló fala com gratidão da misericórdia dos três homens – um dos quais é identificado como Adonai (YHWH) – ao salvarem sua vida da destruição, juntamente com o povo de Sodoma. Podemos identificar essa relação nos Salmos: “Se não fora o auxílio do Senhor, já a minha alma estaria na região do silêncio. Quando eu digo: Resvala-me o pé, a tua benignidade [hesed], Senhor, me sustém”, Salmo (94:17-18) e “E, por tua misericórdia, dá cabo dos meus inimigos e destrói todos os que me atribulam a alma: pois sou teu servo” (Sl.143:12).

           

A misericórdia (hesed) divina sustenta a vida

 

Mesmo quando a morte está diante do crente da aliança: “Pois na morte não há recordação de ti; no sepulcro quem te dará louvor? (Sl.6:5).

O hesed sustenta a vida:

– “Volta-te, Senhor, e livra minha alma; salva-me, por tua graça [hesed]” (Sl.6:4).

No Salmo 119 encontramos o hesed como sustentáculo da vida:

– “Vivifica-me segundo a tua misericórdia; e guardarei os testemunhos oriundos da tua boca” (Sl.119:88);

– “Ouve, Senhor, a minha voz, segundo a tua bondade (esed); vivifica- me, segundo os teus juízos” (119:149);

– “Considera em como amo os teus preceitos; vivifica-me, ó Senhor, segundo a tua bondade (hesed)” (119:159).

 

A misericórdia de Deus é eterna

 

A misericórdia divina é apresentada como eterna em alguns textos bíblicos.

Por exemplo:

– “Porque os montes se retirarão, e os outeiros serão removidos; mas a minha misericórdia não se apartará de ti” (Is.54:10);

–  “Com amor eterno te amei, por isso com benignidade (hesed) te atraí” (Jr. 31:3).         Nos Salmos, a misericórdia também é apresentada como eternal.

– “Lembra-te, Senhor, das tuas misericórdias e das tuas benignidades, porque são desde a eternidade” (Salmo 25:6). (Conf. Salmos 89:2-3, 28-29, 33-34; 103:17; 117:2; 138:8).

O hesed e o perdão divino

 

O perdão divino está intrinsecamente ligado à misericórdia de Deus. Baseado nesse conceito que Moisés intercede em favor de Israel, após o pecado do povo sobre o relatório dos espias. Vale a pena destacar que Moisés cita o Senhor para o próprio Senhor, vejamos: “Agora, pois, rogo-te que a força do meu Senhor se engrandeça, como tens falado, dizendo: O Senhor é longânimo, e grande em misericórdia, que perdoa a iniquidade e a transgressão, ainda que não inocenta o culpado… Perdoa, pois, a iniquidade desse povo, segundo a grandeza da tua misericórdia” (Nm.14:17-19).

Certos apelos para perdão encorajam o ponto de vista de que Deus pode escolher entre se lembrar do pecado ou de sua misericórdia, mas não de ambos (Salmos 25:7; 51:1,3). Livramentos são baseados tipicamente na misericórdia do Senhor (Ne.13:22; Salmos 6:4; 44:26; 109:21,26; 119:149). Finalmente, o salmista reconhece que o adorador da aliança só estará no templo de Deus, pela misericórdia divina: “Porém, eu entrarei em tua casa pela grandeza da tua benignidade [hesed]; e em teu temor me inclinarei para o teu santo templo” (Sl.5:7).



Por Alexandre B. Dutra
Pastor, Bacharel em Teologia, Mestre em Letras - Estudos Judaicos (USP), Diretor dos Amigos de Sião e Professor [convidado] do Instituto Tzadik BaEmunah 05/08/2020
 

Por que Israel?

Por que Israel?

 

Cinco argumentações Bíblicas pelas quais você deve se importar com o povo e com a terra

 

Introdução

Israel é uma nação peculiar, uma nação milenar, um povo que remonta ao período bíblico, amado por muitos e odiado por tantos outros, um povo que depois de ter se desestruturado como nação, ressurgiu em um dia, 14 de Maio de 1948 cumprindo as palavras do próprio Deus em Is 66.8 que diz: Pode uma nação nascer num só dia?

Israel é no mínimo intrigante!

Talvez você não saiba, mas os processadores intel dos notebook’s que você usa é invenção dos judeus, o pen drive que guarda e compartilha informações, o firewall que protegem nossas máquinas foram inventados por eles. A mais famosa plataforma de busca na internet, o Google, uma das mais destacadas redes sociais, o Facebook, o Waze que te leva pra qualquer lugar, é criação dos judeus. No campo da medicina foram os judeus que desenvolveram, por exemplo, a pílula PillCam que possui câmera e ao ser ingerida filma o aparelho digestivo a fim de diagnosticar possíveis doenças, a vacina contra paralisia infantil, a anestesia local… O processo de irrigação por gotejamento, tecnologia agrícola que foi exportada para diversos países, a dessalinização da água do mar, o controle remoto que nós utilizamos em nossas casas, o jeans que vestimos e até mesmo os games com os quais nos divertimos foram invenções do povo judeu.

Quem é este povo no mínimo intrigante?

Poderíamos ficar aqui por horas enumerando uma série de contribuições que os judeus trouxeram ao mundo, mas eu gostaria de na aula de hoje verificar 5 razões bíblicas pelas quais você deve se importar com a terra e o povo de Israel.

 

Israel é uma nação criada por DEUS

A existência de Israel é um milagre! Não foram poucas vezes que povos inimigos intentaram contra sua existência. Em diversos relatos que temos tanto na Bíblia quanto na história contemporânea, a sobrevivência dos judeus em meio aos seus inimigos deu-se por conta da intervenção Divina.

David Ben Gurion, Ex-Primeiro Ministro de Israel, entendeu bem esta questão ao falar, em outubro de 1956, sobre o cotidiano dos judeus, ele disse: “Em Israel, para ser realista, você precisa acreditar em milagres”.

Não apenas a preservação de sua existência é um milagre, mas também a sua criação. Em Isaías 43.7 lemos que Israel é obra das mãos de Deus:

“a todos os que são chamados pelo meu nome, e os que criei (bará) para minha glória, e que formei (yatsar) e fiz (asah) ”; os mesmos três verbos usados em Gênesis para a criação ex-nihilo, a partir do nada. Assim como o universo, Israel também é obra sobrenatural do Deus Todo Poderoso. Basta voltarmos para os relatos bíblicos e verificaremos que as matriarcas de Israel – Sara, Raquel e Rebeca – eram estéreis e jamais poderiam conceber se não fosse a intervenção miraculosa de Deus para a criação deste povo.

Como diz o versículo de Isaías 43, Israel foi criado para a glória de Deus!

Sendo assim, a criação, a preservação e o futuro de Israel está nas mãos do Senhor.

Deus ama Israel eternamente

O texto de João 3.16 nos diz que Deus deu seu Filho Unigênito porque ele amou o mundo e, aqui, logicamente estão inclusos todos os israelitas.

Mas, há um texto nas Escrituras Sagradas, ainda mais específico, em que Deus revela seu amor diretamente pra Israel. Ele diz: “…com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí” Jr 31.3b.

Tal declaração não foi feita baseada na fidelidade de Israel para com Deus, pelo contrário, Israel é, de fato, um povo de dura cerviz (2 Reis 17.13-14), mas por uma escolha deliberada de Deus em amá-los de maneira perene.

Deus ama o povo de Israel e eis aqui uma boa razão para nós amá-los também, ou ousaríamos odiar o que Deus ama?

Há quem diga que o contrário do amor não é o ódio, mas a indiferença.

Se isto for verdade, o simples fato de ignorarmos o povo judeu seria uma atitude totalmente contrária a Deus.

Somos indiferentes quando nossa agenda de oração não inclui os israelitas, quando nossos esforços missionais não contemplam os judeus, quando não aderimos à causa da nação de Israel.

Portanto, amemos a Deus e o que Deus ama!

Israel é um povo indestrutível

Como já retratamos anteriormente, em diferentes momentos da história Israel foi alvo de tentativas frustradas de extermínio. Faraó tentou acabar com os hebreus no Egito (Ex 1.16, 22); Hamã decretou a destruição dos judeus na Pérsia (Et 3.13); a diáspora judaica nos anos 70 d.C. foi causada pelo General Tito e seu exército romano, destruindo a cidade de Jerusalém e o Templo. Na história contemporânea, em 1903, os judeus foram vítimas dos Pogroms na Rússia; na Segunda Guerra Mundial, no Holocausto, mais de 6 milhões de judeus foram mortos sob o comando de Hitler e de seu exército nazista. Há muito tempo Israel vem travando guerras com países vizinhos como Síria, Líbano, Irã e com organizações como o Hezbollah e o Hamas, que abertamente se declaram inimigas mortais de Israel e cujo lema é a destruição total desta nação.

Mas, no Livro do profeta Jeremias temos uma afirmação surpreendente de Deus a favor de Israel, o texto diz: “Assim diz o SENHOR, que dá o sol para a luz do dia e as leis fixas à lua e às estrelas para a luz da noite (…); SENHOR dos Exércitos é o seu nome. Se falharem estas leis fixas diante de mim, diz o SENHOR, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre”. (Jeremias 31:35-36); e diz mais: “(…)Se puderem ser medidos os céus lá em cima e sondados os fundamentos da terra cá embaixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o SENHOR” (v. 37).

De acordo com a Bíblia, o fim da existência de Israel e a rejeição de Deus por eles, estão firmadas sob condições humanamente impossíveis de acontecer. Mais uma vez, não é por causa do povo de Israel, mas por causa da Nova Aliança que Deus firmará com Israel, descrita em Jeremias 31:31-34, aliança incondicional já selada com o sangue do Messias (Lucas 22:20), mas cujos benefícios serão usufruídos no futuro.

Hoje há cerca de 14 milhões de judeus no mundo, um pequeno povo que apesar de sofrer duras investidas contra sua existência tem permanecido em pé até hoje, e somente por causa das Promessas do Deus que não pode mentir (Tito 1:2), os judeus podem encher seus pulmões e gritar: “Am Israel Chai!” (O povo de Israel vive!).

 

Os judeus têm primazia na evangelização

 

Embora tenha crescido o número de judeus messiânicos (crentes em Jesus), as estatísticas apontam que os judeus étnicos ainda são considerados como um grupo não alcançado pelo evangelho.

Esta realidade incorre por duas principais razões igualmente equivocadas: pela suposição de que, por serem o povo escolhido já estão salvos; ou pela crença de que Deus os rejeitou definitivamente e por isso já estão condenados. Esta última tem sido responsável pelo antissemitismo dentro das igrejas.

Poucos esforços têm sido investidos para o alcance dos judeus, porém, o método bíblico de evangelização não apenas contempla Israel como o coloca em prioridade.

Jesus concentrou seu ministério às ovelhas perdidas de Israel (Mateus 15:24). Aos apóstolos, Jesus designou e advertiu fortemente que se dirigissem aos israelitas (Mateus 10:6) e o próprio Senhor dirigiu o apóstolo Paulo nos ensinamentos à sua igreja, a colocar os judeus no escopo da evangelização: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Romanos 1:16).

O apóstolo Paulo entendeu este conceito e colocou em prática em seus trabalhos missionários, pois, mesmo tendo um ministério voltado para os gentios, em todas as cidades em que chegava procurava uma sinagoga para apresentar o Messias aos judeus e então seguia rumo aos gentios.

 

Orar por Jerusalém é um privilégio

 

“Orai pela paz de Jerusalém! Sejam prósperos os que te amam”. Salmo 122:6

Diversos acordos de paz já foram tratados entre líderes árabes e israelenses, porém, todos frustrados. Diante do mundo apertam as mãos, mas bastam virar as costas que os armamentos pesados se voltam contra Jerusalém. Hoje, há uma expectativa iminente por parte do ministério de defesa de Israel de que os atuais governos do Oriente Médio selem tal acordo, autoridades israelenses dizem: “estamos mais perto do que nunca de fechar o acordo”.

Recentemente, o presidente americano Donald Trump entrou para uma longa lista de líderes mundiais que buscaram termos para resolver o conflito entre israelenses e árabes. Em discurso ao lado do premiê israelense Binyamin Netanyahu, o presidente americano revelou seu plano de paz para o Oriente Médio, que chamou de “acordo do século”. O presidente Trump disse: “Hoje Israel dá um grande passo em direção à paz”.

Porém, a Bíblia nos afirma que a paz que os judeus tanto esperam alcançar não será fruto de acordos seculares, mas virá do próprio SENHOR Deus e por isso ele mesmo ordena que “oremos pela paz de Jerusalém”!

Jesus O Messias disse aos seus discípulos judeus que a paz que ele dá não é desse mundo, mas dele próprio (João 14:27); Ele é o Príncipe da Paz (Isaías 9:6).

Diante do cenário mundial, orar pela paz de Israel é um tema mais que atual.

O termo Shalom não faz parte apenas do cumprimento sabático que os judeus semanalmente pronunciam ao dizer: Shabat Shalom (paz do sábado), mas é um anseio na alma. Os judeus precisam voltar-se para o Messias, o Senhor Jesus, que conforme Is 9.6 é o Sar Shalom, ou seja, o Príncipe da Paz!

Portanto, ser um intercessor de Israel é tanto uma ordem como também um privilégio, pois confere bênçãos aos que obedecem tal mandamento, pois o verso termina dizendo: “sejam prósperos os que te amam”.

 

 Conclusão

 

Cinco razões bíblicas que nos levam a nos importarmos com Israel. Amar Israel, interceder pelo povo e se comprometer em fazer parte do avanço missionário entre os judeus levando a eles as boas novas de Jesus, O Messias, é algo que alegra o coração de Deus. Quando, como Igreja, consideramos Israel de maneira positiva, estamos alinhados com a vontade de Deus que disse a Abrão que abençoaria todos aqueles que abençoassem a nação que estava para se iniciar por meio dele.

Que Deus os abençoe.


Por Romualdo Santos
Pastor, docente, vice presidente do Instituto Tzadik Baemunah e diretor administrativo executivo da Editora Davar. 
Romualdo, é parte do time responsável pela gestão e desenvolvimento de parcerias estratégicas que dá suporte à Diretoria
do Instituto Tzadik BaEmunah e da Editora Davar.