O Messias na Criação

O Messias na Criação

 

 

“Desde o tempo da Criação, é feita menção constante na Bíblia Hebraica sobre o Messias e a esperança messiânica de Israel. ‘O Espírito de Deus moveu-se sobre as faces das águas’; o espírito de Deus significa o Messias” (Midrash – Gênesis Rabá, 23).

 

Um dos Treze Princípios de Fé estabelecido por Maimônides contempla a vinda do Messias, o anseio por sua chegada é parte fundamental do viver judaico, isto é um dogma básico do judaísmo. De fato, a Bíblia Hebraica coloca a pessoa do Messias em posição de destaque cujas profecias a seu respeito é a coluna dorsal que sustenta toda narrativa dos profetas ao longo do Tanach[1].

Como bem-dito pelos sábios neste Midrash[2], a presença do Messias remonta ao princípio. Na Brit Hadashá[3], Yochanan (discípulo de Yeshua) também apresenta o Messias como alguém presente no processo criacionista dos céus e da Terra, porém ele vai além e associa o Messias não apenas ao Espírito que se movia sobre a face das águas, mas ao próprio Deus Criador, ele diz:

“No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez” (Brit Hadashá, Yochanan 1.1-3).  

Semelhantemente a Yohanan, Shaul (também discípulo de Yeshua) traz o mesmo ensinamento: “Contudo, para nós há um só Deus, o Pai, de quem procedem todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Yeshua, o Messias, por meio de quem foram criadas todas as coisas e de quem recebemos o ser”. (1 Coríntios 8.6; ver também Hebreus 1.2).

Não obstante Moshê registra na Torá que a criação teve origem à partir da Palavra do Eterno: Disse Deus: Haja luz; e houve luz” (Bereshit[4] 1.3); “E disse Deus: Haja firmamento no meio das águas e separação entre águas e águas” (Bereshit 1.6); “Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento dos céus…” (Bereshit 1.14); “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança;” (Bereshit 1.26). De fato, foi por meio de sua Palavra que o Eterno se revelou ao povo de Israel e às comunidades gentílicas, é através de sua Palavra que ele revela seus mandamentos, é através de sua Palavra que ele executa sua vontade aqui na terra.

O Dr Michael Brown, judeu messiânico, traz uma informação que pode nos ser de grande valia na compreensão do termo “Palavra do Eterno”:

“Os rabinos levaram esse conceito ainda mais além. Uma vez que Deus era visto, de certa forma, como “intocável”, foi necessário que se providenciasse uma conexão entre o Eterno e sua criação terrena. Uma das conexões mais importantes na literatura Rabínica era “a Palavra”, conhecida em aramaico como Mimrá (da raiz hebraica “dizer” [אמר] – a raiz usada em todo relato da Criação, em Gênesis 1, quando disse e o mundo material veio à existência). Podemos encontrar esse conceito da Mimrá centenas de vezes nos targumím aramaicos, ou seja, nas traduções e paráfrases da Bíblia Hebraica que eram lidas nas sinagogas antes, durante e depois da época de Yeshua”.[5]

Vejamos alguns exemplos interessantes:

B’reshit 1.27 – Deus criou o homem.

Targum: A Palavra do Eterno criou o homem (Targum Pseudo-Yonatán).

B’reshit 15.6 – E Abrão acreditou no Eterno.

Targum: E Abrão acreditou na Palavra do Eterno.

Sh’mot[6] 25.22 – E no tempo marcado estarei ali.

Targum: E lá, enviarei minha Palavra a você.

 

Observem agora este verso da Torá e a versão do Targum:

B’reshit 28.20-21 – “Ya’akov fez um voto: ‘Se Deus for comigo e me guardar na estrada pela qual viajo, der-me pão para comer e roupas para vestir, para que eu volte para a casa de meu pai em paz, então ADONAI será meu Deus”.

Targum: Se a Palavra do Eterno for comigo […] então a Palavra do Eterno será meu Deus.

A Palavra do Eterno será o Deus de Jacó! Notem que a Mimrá (Palavra) do Eterno não representava uma simples “coisa”, antes, tratava-se de alguém.

Assim sendo, Yochanan movido pelo Espírito de Deus nos revela que a Mimrá do Eterno, ou seja, o Logos (grego), a Palavra que por meio dela tudo veio a existir é o próprio Messias, Yeshua, que mais tarde viria para habitar entre nós.

Como disse Menachem M. Brod: “ Sem Mashiach, criação e Torá não têm sentido”.[7]

 


Por Romualdo Santos
Pastor, docente, vice presidente do Instituto Tzadik Baemunah e diretor administrativo executivo da Editora Davar. 
Romualdo, é parte do time responsável pela gestão e desenvolvimento de parcerias estratégicas que dá suporte a Diretoria
do Instituto Tzadik BaEmunah e da Editora Davar.


[1] Acróstico que significa: Torá = Pentateuco; Neviim = Profetas; Ketuvim = Escritos, ou seja, o Antigo Testamento.
[2] Derivado do radical darash que significa pesquisar, investigar, Midrash é uma exposição dos versículos da Torá feitos pelos sábios judeus.
[3] Termo em hebraico que significa “Nova Aliança ou Pacto”. É o Novo Testamento.
[4] Gênesis
[5] Veja maiores explicações sobre o conceito da Mimrá nos targumim no livro “Respondendo Objeções Judaicas contra Jesus”; Editora Davar; Autor Michael L. Brown. 
[6] Êxodo
[7] BROD M. Menachem, “OS DIAS DE MASHIACH, p.25, ed. CHABAD.

 

 

Parashiot (2019/2020)

 

LISTA DAS PARASHIÔT E HAFTARÔT 5780 (2019/2020)

 

BERESHÍT – GÊNESIS

 

BERESHÍT No princípio GÊNESIS 1:1-6:8, Is.42:5-43:l0, Mt 1:1-2:23 26/10/2019
Nôach Noé Gn.6:9-11:32, Is 54:1-55:5, Mt 3:1-4:25 02/11/2019
Lêch Lechá Vá por ti Gn.12:1-17:27, Is. 40;27-41:16, Mt 5:1-48 09/11/2019
Vaierá E mostrou-se Gn.18:1-22:24, 2Rs. 4:1-37, Mt 6:1-7:29 16/11/2019
Chaiêi Sará A vida de Sara Gn.23:1-25:18, 1Rs.1:1-31, Mt 8:1-9:38 23/11/2019
Toldôt Gerações Gn. 25:19-28:9, Ml. 1:1-2:7, Mt 10:1-11:30 30/11/2019
Vaiêtse E partiu Gn. 28:10-32:2, Os.11:7-14:9, Mt 12:1-50 07/12/2019
Vayishlách E enviou Gn. 32:3 -36:43, Ob.1:1-21, Mt. 26: 36-46 14/12/2019
Vaiêshev E habitou Gn. 37:1-40:23, Am. 2:6-3:8, Mt 14:1-15:39 21/12/2019
Mikêts No fim Gn. 41:1-44:17, 1 Rs. 3:15-4:1, Mt 16:1-17:27 28/12/2019
Vayigásh E aproximou-se Gn. 44:18-47:27, Ez. 37:15-28, Mt 18:1-19:30 04/01/2020
Vaiechí E viveu Gn. 47:28-50:26, 1 Rs. 2:1-12, Mt 20:1-21:46 11/01/2020

 

 

SHEMÔT – ÊXODO

 

SHEMÔT Nomes ÊXODO l:1-6:1, Is. 27:6-28:13, 29:22-23, Mt 22:1-23:39 18/01/2020
Vaerá Apareci Ex. 6:2-9:35, Ez. 28:25-29:21, Mt 24:1-51 25/01/2020
Vai Ex. 10:1-13:16, Jr 46:13-28, Mt 25:1-46 01/02/2020
Beshalách Quando ele enviou Ex. 13:17-17:16, Jz. 4:4-5:31, Mt 26:1-75 (Shabat Shirá) 08/02/2020
Yitró Jetro (Abundância) Ex. 18:1-20:26, Is. 6:1-7:6; 9:6-7, Mt 27:1-28:20 15/02/2020
Mishpatím Julgamentos Ex. 21:1-24:18, Jr 34:8-22, 33:25-26, Mc 1:1-2:28 22/02/2020
T’rumá Oferta Ex. 25:1-27:19, 1 Rs. 5:12 -6:13, Mc 3:1-4:41 29/02/2020
Tetsavê Ordena! Ex. 27:20-30:10, Ez.43:10-27, Mc 5:1-6:56 (Parashat Zachor) 07/03/2020
Ki Tisá Então levarás Ex. 30:11-34:35, 1Rs. 18:1-39, Mc 7:1-8:38 (Shabat Pará) 14/03/2020
Vaiak’hêl E ajuntou Ex. 35:1-38:20, 1 Rs 7:13-26, 40-50, Mc 9:1-50 (Shabat Hachodesh) 21/03/2020
Pekudêi Enumeração Ex. 38:21-40:38, I Rs 7:51-8:21, 2 Mc 10:1-52 Shabat Hachodesh) 21/03/2020

 

VAYICRÁ – E ELE CHAMOU

 

VAYICRÁ E Ele chamou LEVÍTICO l:1-6:7, Is. 43:21-44:23,Mc 11:1-12:44 28/03/2020
Tsav Ordena! Lv 6:8 -8:36, Jr. 7:21-8:3; 9:23-24, Mc 13:1-37 (Shabat Hagadol) 04/04/2020
Pessach Páscoa Ez 36:37-37:14 11/04/2020
Sh’miní Oitavo Lv 9:1-11:47, 2 Sm. 6:1-7:17, Mc 14:1-72 18/04/2020
Tazría Semeai Lv l2:1-13:59, 2 Rs. 4:42•5:19, Mc 15:1-16:20 25/04/2020
Metsorá Lepra Lv14:1-15:33, 2 Rs. 7:3-20, Lc 1:1-80 (mechubarôt) 25/04/2020
Acharêi Môt Depois da morte Lv 16:1-18:30, Am 9:7-15 (Ash.), Ez. 22:1- 16 (Sef.), Lc 2:1-52 02/05/2020
K’doshím Santos Lv 19:1-20:27, Ez. 22:1-l9 (Ash.), Ez 20:2-20 (Sef.), Lc 3:1-4:44 (mechubarôt) 02/05/2020
Emôr Fala! Lv 21:1-24:23, Ez 44:15-31, Lc 5:1-6:49 09/05/2020
Behár No monte Lv 25:1-26:2, Jr 32:6-27, Lc. 7:1-8:56 16/05/2020
Bechukotái Em minhas Leis Lv 26:3-27:34, Jr 16:19-17:14, Lc 9:1-10:41 (mechubarôt) 16/05/2020

 

BEMIDBÁR – NO DESERTO

 

BEMIDBÁR No Deserto NÚMEROS l:l – 4:20, Os 2:1-22, Lc 1:1-12:59 (Shabat Kallá) 23/05/2020
Nassô Fazei uma contagem Nm. 4:21-7::89, Jz. 13:2-25, Lc 13:1-14:35 30/05/2020
Bahaalotchá Quando subires Nm. 8:1-12:16, Zc 2:10 -4:7, Lc 15:1-16:31 06/06/2020
Sh’lách Lechá! Envia! Nm. 13:1-15:41, Js 2:1-24, Lc 17:1-18:43 13/06/2020
Corách Coré Nm. 16:1-18:32, 1 Sm. 11:14-12:22, Lc 19:1-20:47 20/06/2020
Chukát Estatuto Nm. 19:1-22:1, Jz. 11:1-33, Lc 21:1-38 27/06/2020
Balák Balaque Nm. 22:2-25:9, Mq 5:6-6:8, Lc 22:1-71 04/07/2020
Pin’chás Finéias Nm. 25:10-29:40, 1 Rs. 18:46-19:21, Lc 23:1-24:53 11/07/2020
Matôt Tribos Nm. 30:1- 32:42, Jr 1:1-2:3, Jo 1:1-51 18/07/2020
Mass’êi Partidas Nm. 33:1-36:13, Jr 2:4 – 28, 3:4, 4:1-2, Jo 2:1-30:36 (mechubarôt) 18/07/2020

 

DEVARÍM – PALAVRAS

 

DEVARÍM Palavras DEUTERONÔMIO 1:1-3:22, Is.1:1-27, Jo 4:1-5:47 (Shabat Chazon) 25/07/2020
Vaetchanán E eu supliquei Dt. 3:23•7:11, Is. 40:1-26, Jo 6:1-71 (Shabat Nachamú) 01/08/2020
Êkev Pois que/por causa Dt. 7:12-11:25, Is. 49:14-51:3, Jo 7:1-8:59 08/08/2020
Reê! Observe! Dt. 11:26-16:17, Is. 54:11-55:5, Jo 9:1-10-42 15/08/2020
Shoftím Juízes Dt. 16:18-21:9, Is. 51:12-52:12, Jo 11:1-57 22/08/2020
Ki Tetsê Quando saíres Dt. 21:10-25:19, Is. 54:1-10, Jo 12:1-50 29/08/2020
Ki Tavô Quando entrares Dt. 26:1-29:9, Is. 60:1-22, Jo 13:1-15:27 05/09/2020
Nitsavím De pé Dt. 29:10-30:20, Is. 61:10-63:9, Jo 16:1-17:22 12/09/2020
Vaiêlech E ele vai Dt. 31:1-30,Os.14:2-10, Jl 2:11-27, Mq.7:18-20, Is.55:6-56:8, Jo 18:1-19:42 (mechubarôt) 12/09/2020
Ha’azínu Dêem ouvidos! Dt. 32:1-52, 2 Sm.22:1-51, Rm.10:14-21; Jo 20:1-31 – Hb 12:28-39 (Shabat Shuvá) 26/09/2020
Vezôt HaB’rachá E esta é a benção Dt. 33:1-34:12,Jsl:l-18,Rm. 7:21-25(Lida em Shmini atsêret [érevSimchat Torá], dia 10/10 à noite) 10/10/2020

 

FERIADOS/FESTIVAIS

 

Chanucá Festa da Dedicação Nm. 7:1 – 8:4; Zc 2:14 – 4:7, Jo 10:22-29 (Erev Chanuká – noite do dia 22/12) 022/12/19 a 30/12/18
Purím Festa das Sortes Ex. 17: 8-16, Es, Sl. 3:3, Hb. 11 (Erev Purim – noite do dia 09/03) 10/03/20 a 11/03/20
Pêssach Festa da Páscoa Ex.12:21-51; Js 3:5-7, 5:2-15, 6:1, 27, Jo. 1:29-31, 10:14-18 (Erev Pêssach – noite do dia 08/04) 09/04/20 a 15/04/20
Yom HaShoá Dia do Holocausto Dt. 4:30-40, Ap. 6:9-11 21/04/2020
Yom HaAtsmaút Dia da Indep.(Israel) Dt. 11:8-21, Is. 10:32-11:12, Mt. 24:29-44 28/04/2020
Shavuôt Pentecostes – Semanas Ex. 19:1-20:23, Dt 14:22 – 16:17, At 2:1-47 (Erev Shavuot – noite do dia 28/05) 29/05/20 a 30/05/20
Tishá BeAv 9 de Av Manhã: Dt 4:25 – 40; Jr 8:13, 9:1-23; Tarde: Ex 32:11-14, Is caps. 55 e 56 30/07/2020
Rosh HaShaná Ano Novo Judaico Gn. 21:1-34, 22:1-24; 1Sm 1:1 – 2:10, Jr 31:1-19, ITs 4:16-18 (Início na noite de 18/09) 18/09/20 a 19/09/20
Yom Kipúr Dia do Perdão Lv 16:1-34, Is. 57:14-58:14, 2 Co. 5:10-21 (Erev Yom Kipur – noite do dia 27/09) 28/09/2020
Sucôt Festa dos Tabernáculos Lv 22:26-23:44, Zc 14:1-24, Ap. 7:1-10 (Erev Sucôt – noite do dia 02/10) 03/10/20 a 10/10/20
Simchát Torá A Alegria da Torá Dt 14:22 – 16:17, Nm 29:35 – 30:1, 1Rs 8:54 – 9:1 (além da Parashá “Ve Zôt há Brachá” e Gn 1:1 – 2:3). (Erev Simchát Torá – noite do dia 10/10) 10/10/2020

 

Extraído do site: https://ensinandodesiao.org.br/parashiot/

 

Construindo minha cosmovisão

 

 

Construindo minha cosmovisão

 

 

No livro do Salmos, capítulo 1 versículo 1, o Senhor diz que “abençoado” é aquele que não se deixa influenciar pela cosmovisão do homem sem Deus, e em hipótese alguma segue seus conselhos.

Todos temos uma cosmovisão, saibamos disso ou não. De forma simples, é o conjunto de valores de um indivíduo. São nossas crenças, o que defendemos. E, é justamente a partir desses valores que reagimos ao mundo a nosso redor: Tomamos decisões, nos posicionamos de forma concordante ou contrários ao que exige nossa opinião, etc.

Certa vez li um pequeno livreto cujo título era: “O que vai na sua cabeça?” (Bill Jones, Ed. JOMOC, 1999). Nele o autor proporcionava ao leitor uma reflexão sobre o que alimenta a nossa mente. Sua sugestão é que a partir das informações e estímulos criamos hábitos. Essa é justamente uma das teorias que deram origem a Psicologia Comportamental (Behaviorismo) e Educacional, segundo pesquisas do psicolólogo americano E.L. Thorndike (1874-1949) que resultou na teoria denominada de “Lei do Efeito”¹. Em resumo, esta lei afirma que as ações que geram resultados “agradáveis” tendem a se repetir gerando, portanto, hábitos.

Podemos completar esta ideia criando a seguinte fórmula:

Estímulos geram ações. As ações de efeito agradáveis (certos ou errados) se repetem. Logo, tudo o que se repete se transforma em um hábito (certo ou errado). E como resultado final desse processo, temos os valores (bíblicos ou não) que definem nossa cosmovisão. E tudo isso tem como ponto de partida nossa decisão.

De maneira bem simples o Espírito Santo nos ensina no Salmo primeiro que existem decisões que nos afastam de Deus e nos aproximam dele. Um conhecimento holístico da Bíblia nos revelará as implicações de termos uma natureza pecaminosa que não nos permite tomar decisões contrárias a mesma.

Mas, uma vez que Deus nos libertou da escravidão desta natureza e nos abençoou com a morada e parceria do Espírito Santo em nossa vida, temos condições de tomar decisões contrárias a nossa natureza e experimentar um novo viver em Cristo.

O que tem alimentado sua mente? Árvores boas não geram maus frutos (Mateus 7.18). Doses diárias de pornografia, mentira, egoísmo, inveja, justiça própria, etc. são suficientes para gerarem hábitos de impiedade (veja Gálatas 5.18-21) e uma cosmovisão distorcida. Para o salmista, aqueles que assim vivem receberão no momento determinado, o justo juízo de Deus e a ruína eterna.

 

Para viver o fruto do Espírito (veja Gálatas 5.22-26) o homem abençoado, deve ter sua cosmovisão e hábitos determinados por sua satisfação em Deus e amor as Escrituras Sagradas. A Bíblia o compara a uma arvore saudável, que dispõem de água em abundância e dos nutrientes necessários encontrados em uma terra fértil. Também diz que, por esse motivo, ela frutifica conforme o esperado para a estação.

Quando o Senhor e sua Palavra se tornam o fundamento de nossa cosmovisão, amaremos a Deus por quem Ele é. Teremos prazer em meditar e viver segunda as Escrituras e teremos como objetivo unicamente o ser aprovados por Deus em tudo o que fizermos.

Pense nisso e decida por estímulos que glorifiquem a Deus e abençoem as pessoas.

 


 

Por Arifranklin Sousa 
Pastor, docente, diretor executivo do Instituto Tzadik Baemunah e diretor administrativo financeiro da Editora Davar. 
Ari, como é chamado, é parte do time responsável pela gestão e desenvolvimento de parcerias estratégicas que dá suporte a 
Diretoria do Instituto Tzadik BaEmunah e da Editora Davar.

 

¹ http://www.infopedia.pt/$lei-do-efeito e http://behaviorismo.weebly.com/edward-l-thorndike-e-a-lei-do-efeito.html – acessados em 12/02/2015.

A Misericórdia חֶסֶד (hesed) no Tanach (A.T.)

A misericórdia חֶסֶד (hesed) no Tanach (A.T.)

                          “Misericordioso e compassivo é o Senhor, tardio em irar-se de grande misericórdia”  Salmo 145:8


Definindo o termo hesed no Tanach

 

O termo hebraico – hesed, segundo o dicionário Strong significa: bondade, benignidade, fidelidade (STRONG. James, 2002. p.341). Durante séculos a palavra hesed foi traduzida por palavras como misericórdia, bondade, amor. A Septuaginta (LXX – tradução judaica do Tanach em grego) geralmente utiliza eleos, e o latim, misericórdia. Misericórdia é um sentimento de compaixão, despertado pela desgraça ou pela miséria alheia. A psicologia moderna chama de empatia – a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, ou como dizia o psicólogo Carl Rogers: “ser empático é ver o mundo com os olhos do outro e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele”.

A tradução para misericórdia tem sua origem no latim, e é formada pela junção de miserere (ter compaixão), e cordis (coração). “Ter compaixão do coração”, significa ter capacidade de sentir aquilo que a outra pessoa sente, aproximar seus sentimentos dos sentimentos de alguém, se colocar no lugar do outro, enfim ser solidário com as pessoas.

O vocábulo hesed (misericórdia, bondade, fidelidade) aparece cerca de 246 vezes no Tanach, praticamente a metade está no livro dos Salmos, 32x ocorre como adjetivo, mas, principalmente como substantivo, indicando aquele cujo viver é de acordo com os princípios da misericórdia divina – o hesed. A palavra é usada duas vezes em relação ao próprio Deus como bondoso: “Proferirão abundantemente a memória da tua grande bondade, e cantarão a tua justiça” e fiel: “Vai, pois, e apregoa estas palavras para o lado norte, e dize: Volta, ó rebelde Israel, diz o Senhor, e não farei cair a minha ira sobre ti; porque misericordioso sou, diz o Senhor, e não conservarei para sempre a minha ira” (Sl.145:7; Jr.3:12), (VANGEMEREN, Willem A. (org.), Vl. 2, 2011, p.209).

Cabe destacar que seu uso é apresentado numa relação tanto entre os homens quanto entre Deus e os homens. Vejamos uma definição e uso de hesed: O conceito de fidelidade, amor imutável, ou, de forma mais geral, bondade, representado por hesed, apresenta um aspecto fortemente relacional, que é essencial a qualquer definição apropriada do termo. E empregado, geralmente, para expressar as atitudes e o comportamento dos homens no relacionamento mútuo, mas descreve, mais frequentemente, a disposição e as ações beneficentes de Deus para com o fiel, Israel, seu povo, e para com a humanidade em geral. A expressão “a bondade do Senhor/Deus”, como ocorre em 1 Samuel 20:14: “E, se eu então ainda viver, porventura não usarás comigo da beneficência [hesed] do Senhor, para que não morra?”; e 2 Samuel 9:3: “E disse o rei: Não há ainda alguém da casa de Saul para que eu use com ele da benevolência [hesed] de Deus? Então disse Ziba ao rei: Ainda há um filho de Jônatas, aleijado de ambos os pés”, representa, pelo menos formalmente, uma intersecção entre esses dois planos do hesed humano e divino (VANGEMEREN, Willem A. (org.), 2011, p.209).

           

A importância do termo misericórdia nos textos do Tanach

 

tanach

Passemos a considerar os textos das Escrituras (A.T.) que trazem o vocábulo hesed – misericórdia, bondade, fidelidade em seus mais variados usos e significados, demonstrando assim sua importância no texto bíblico do Tanach.

Geralmente revelado nas amizades como em 1 Samuel 20:8, em que Davi lembra Jônatas da necessidade de permanecer fiel a ele de acordo com o pacto que selaram: “usa, pois de misericórdia para com o teu servo, porque lhe fizeste entrar contigo em aliança no Senhor.”

O que Deus espera dos homens?

 

A divindade dá maior importância ao hesed do que ao sacrifício: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade [hesed], e andes humildemente com o teu Deus?” (Mq.6:8). Os que observam esse padrão são homens de hesed (cf. Is.57:1; Pv.11:17); além disso, a prática de hesed tem a aprovação de Deus e dos homens: “Não te desamparem a benignidade [hesed] e a fidelidade [emet]; ata-as ao teu pescoço; escreve-as na tábua do teu coração. 4. E acharás graça [hen] e bom entendimento aos olhos de Deus e do homem” (Pv:3:3-4).

Os escritores bíblicos apresentam a fragilidade da vida. A vida está em perigo por ameaças apresentadas pelas calamidades da natureza, pela hostilidade dos inimigos, e pela fraqueza da própria pessoa. Os mesmos escritores, representando a humanidade necessitada,  clamam a Deus para salvá-los por sua misericórdia. Em Gênesis 19:19, Ló fala com gratidão da misericórdia dos três homens – um dos quais é identificado como Adonai (YHWH) – ao salvarem sua vida da destruição, juntamente com o povo de Sodoma. Podemos identificar essa relação nos Salmos: “Se não fora o auxílio do Senhor, já a minha alma estaria na região do silêncio. Quando eu digo: Resvala-me o pé, a tua benignidade [hesed], Senhor, me sustém”, Salmo (94:17-18) e “E, por tua misericórdia, dá cabo dos meus inimigos e destrói todos os que me atribulam a alma: pois sou teu servo” (Sl.143:12).

           

A misericórdia (hesed) divina sustenta a vida

 

Mesmo quando a morte está diante do crente da aliança: “Pois na morte não há recordação de ti; no sepulcro quem te dará louvor? (Sl.6:5).

O hesed sustenta a vida:

– “Volta-te, Senhor, e livra minha alma; salva-me, por tua graça [hesed]” (Sl.6:4).

No Salmo 119 encontramos o hesed como sustentáculo da vida:

– “Vivifica-me segundo a tua misericórdia; e guardarei os testemunhos oriundos da tua boca” (Sl.119:88);

– “Ouve, Senhor, a minha voz, segundo a tua bondade (esed); vivifica- me, segundo os teus juízos” (119:149);

– “Considera em como amo os teus preceitos; vivifica-me, ó Senhor, segundo a tua bondade (hesed)” (119:159).

 

A misericórdia de Deus é eterna

 

A misericórdia divina é apresentada como eterna em alguns textos bíblicos.

Por exemplo:

– “Porque os montes se retirarão, e os outeiros serão removidos; mas a minha misericórdia não se apartará de ti” (Is.54:10);

–  “Com amor eterno te amei, por isso com benignidade (hesed) te atraí” (Jr. 31:3).         Nos Salmos, a misericórdia também é apresentada como eternal.

– “Lembra-te, Senhor, das tuas misericórdias e das tuas benignidades, porque são desde a eternidade” (Salmo 25:6). (Conf. Salmos 89:2-3, 28-29, 33-34; 103:17; 117:2; 138:8).

O hesed e o perdão divino

 

O perdão divino está intrinsecamente ligado à misericórdia de Deus. Baseado nesse conceito que Moisés intercede em favor de Israel, após o pecado do povo sobre o relatório dos espias. Vale a pena destacar que Moisés cita o Senhor para o próprio Senhor, vejamos: “Agora, pois, rogo-te que a força do meu Senhor se engrandeça, como tens falado, dizendo: O Senhor é longânimo, e grande em misericórdia, que perdoa a iniquidade e a transgressão, ainda que não inocenta o culpado… Perdoa, pois, a iniquidade desse povo, segundo a grandeza da tua misericórdia” (Nm.14:17-19).

Certos apelos para perdão encorajam o ponto de vista de que Deus pode escolher entre se lembrar do pecado ou de sua misericórdia, mas não de ambos (Salmos 25:7; 51:1,3). Livramentos são baseados tipicamente na misericórdia do Senhor (Ne.13:22; Salmos 6:4; 44:26; 109:21,26; 119:149). Finalmente, o salmista reconhece que o adorador da aliança só estará no templo de Deus, pela misericórdia divina: “Porém, eu entrarei em tua casa pela grandeza da tua benignidade [hesed]; e em teu temor me inclinarei para o teu santo templo” (Sl.5:7).



Por Alexandre B. Dutra
Pastor, Bacharel em Teologia, Mestre em Letras - Estudos Judaicos (USP), Diretor dos Amigos de Sião e Professor [convidado] do Instituto Tzadik BaEmunah 05/08/2020
 

Por que Israel?

Por que Israel?

 

Cinco argumentações Bíblicas pelas quais você deve se importar com o povo e com a terra

 

Introdução

Israel é uma nação peculiar, uma nação milenar, um povo que remonta ao período bíblico, amado por muitos e odiado por tantos outros, um povo que depois de ter se desestruturado como nação, ressurgiu em um dia, 14 de Maio de 1948 cumprindo as palavras do próprio Deus em Is 66.8 que diz: Pode uma nação nascer num só dia?

Israel é no mínimo intrigante!

Talvez você não saiba, mas os processadores intel dos notebook’s que você usa é invenção dos judeus, o pen drive que guarda e compartilha informações, o firewall que protegem nossas máquinas foram inventados por eles. A mais famosa plataforma de busca na internet, o Google, uma das mais destacadas redes sociais, o Facebook, o Waze que te leva pra qualquer lugar, é criação dos judeus. No campo da medicina foram os judeus que desenvolveram, por exemplo, a pílula PillCam que possui câmera e ao ser ingerida filma o aparelho digestivo a fim de diagnosticar possíveis doenças, a vacina contra paralisia infantil, a anestesia local… O processo de irrigação por gotejamento, tecnologia agrícola que foi exportada para diversos países, a dessalinização da água do mar, o controle remoto que nós utilizamos em nossas casas, o jeans que vestimos e até mesmo os games com os quais nos divertimos foram invenções do povo judeu.

Quem é este povo no mínimo intrigante?

Poderíamos ficar aqui por horas enumerando uma série de contribuições que os judeus trouxeram ao mundo, mas eu gostaria de na aula de hoje verificar 5 razões bíblicas pelas quais você deve se importar com a terra e o povo de Israel.

 

Israel é uma nação criada por DEUS

A existência de Israel é um milagre! Não foram poucas vezes que povos inimigos intentaram contra sua existência. Em diversos relatos que temos tanto na Bíblia quanto na história contemporânea, a sobrevivência dos judeus em meio aos seus inimigos deu-se por conta da intervenção Divina.

David Ben Gurion, Ex-Primeiro Ministro de Israel, entendeu bem esta questão ao falar, em outubro de 1956, sobre o cotidiano dos judeus, ele disse: “Em Israel, para ser realista, você precisa acreditar em milagres”.

Não apenas a preservação de sua existência é um milagre, mas também a sua criação. Em Isaías 43.7 lemos que Israel é obra das mãos de Deus:

“a todos os que são chamados pelo meu nome, e os que criei (bará) para minha glória, e que formei (yatsar) e fiz (asah) ”; os mesmos três verbos usados em Gênesis para a criação ex-nihilo, a partir do nada. Assim como o universo, Israel também é obra sobrenatural do Deus Todo Poderoso. Basta voltarmos para os relatos bíblicos e verificaremos que as matriarcas de Israel – Sara, Raquel e Rebeca – eram estéreis e jamais poderiam conceber se não fosse a intervenção miraculosa de Deus para a criação deste povo.

Como diz o versículo de Isaías 43, Israel foi criado para a glória de Deus!

Sendo assim, a criação, a preservação e o futuro de Israel está nas mãos do Senhor.

Deus ama Israel eternamente

O texto de João 3.16 nos diz que Deus deu seu Filho Unigênito porque ele amou o mundo e, aqui, logicamente estão inclusos todos os israelitas.

Mas, há um texto nas Escrituras Sagradas, ainda mais específico, em que Deus revela seu amor diretamente pra Israel. Ele diz: “…com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí” Jr 31.3b.

Tal declaração não foi feita baseada na fidelidade de Israel para com Deus, pelo contrário, Israel é, de fato, um povo de dura cerviz (2 Reis 17.13-14), mas por uma escolha deliberada de Deus em amá-los de maneira perene.

Deus ama o povo de Israel e eis aqui uma boa razão para nós amá-los também, ou ousaríamos odiar o que Deus ama?

Há quem diga que o contrário do amor não é o ódio, mas a indiferença.

Se isto for verdade, o simples fato de ignorarmos o povo judeu seria uma atitude totalmente contrária a Deus.

Somos indiferentes quando nossa agenda de oração não inclui os israelitas, quando nossos esforços missionais não contemplam os judeus, quando não aderimos à causa da nação de Israel.

Portanto, amemos a Deus e o que Deus ama!

Israel é um povo indestrutível

Como já retratamos anteriormente, em diferentes momentos da história Israel foi alvo de tentativas frustradas de extermínio. Faraó tentou acabar com os hebreus no Egito (Ex 1.16, 22); Hamã decretou a destruição dos judeus na Pérsia (Et 3.13); a diáspora judaica nos anos 70 d.C. foi causada pelo General Tito e seu exército romano, destruindo a cidade de Jerusalém e o Templo. Na história contemporânea, em 1903, os judeus foram vítimas dos Pogroms na Rússia; na Segunda Guerra Mundial, no Holocausto, mais de 6 milhões de judeus foram mortos sob o comando de Hitler e de seu exército nazista. Há muito tempo Israel vem travando guerras com países vizinhos como Síria, Líbano, Irã e com organizações como o Hezbollah e o Hamas, que abertamente se declaram inimigas mortais de Israel e cujo lema é a destruição total desta nação.

Mas, no Livro do profeta Jeremias temos uma afirmação surpreendente de Deus a favor de Israel, o texto diz: “Assim diz o SENHOR, que dá o sol para a luz do dia e as leis fixas à lua e às estrelas para a luz da noite (…); SENHOR dos Exércitos é o seu nome. Se falharem estas leis fixas diante de mim, diz o SENHOR, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre”. (Jeremias 31:35-36); e diz mais: “(…)Se puderem ser medidos os céus lá em cima e sondados os fundamentos da terra cá embaixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o SENHOR” (v. 37).

De acordo com a Bíblia, o fim da existência de Israel e a rejeição de Deus por eles, estão firmadas sob condições humanamente impossíveis de acontecer. Mais uma vez, não é por causa do povo de Israel, mas por causa da Nova Aliança que Deus firmará com Israel, descrita em Jeremias 31:31-34, aliança incondicional já selada com o sangue do Messias (Lucas 22:20), mas cujos benefícios serão usufruídos no futuro.

Hoje há cerca de 14 milhões de judeus no mundo, um pequeno povo que apesar de sofrer duras investidas contra sua existência tem permanecido em pé até hoje, e somente por causa das Promessas do Deus que não pode mentir (Tito 1:2), os judeus podem encher seus pulmões e gritar: “Am Israel Chai!” (O povo de Israel vive!).

 

Os judeus têm primazia na evangelização

 

Embora tenha crescido o número de judeus messiânicos (crentes em Jesus), as estatísticas apontam que os judeus étnicos ainda são considerados como um grupo não alcançado pelo evangelho.

Esta realidade incorre por duas principais razões igualmente equivocadas: pela suposição de que, por serem o povo escolhido já estão salvos; ou pela crença de que Deus os rejeitou definitivamente e por isso já estão condenados. Esta última tem sido responsável pelo antissemitismo dentro das igrejas.

Poucos esforços têm sido investidos para o alcance dos judeus, porém, o método bíblico de evangelização não apenas contempla Israel como o coloca em prioridade.

Jesus concentrou seu ministério às ovelhas perdidas de Israel (Mateus 15:24). Aos apóstolos, Jesus designou e advertiu fortemente que se dirigissem aos israelitas (Mateus 10:6) e o próprio Senhor dirigiu o apóstolo Paulo nos ensinamentos à sua igreja, a colocar os judeus no escopo da evangelização: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Romanos 1:16).

O apóstolo Paulo entendeu este conceito e colocou em prática em seus trabalhos missionários, pois, mesmo tendo um ministério voltado para os gentios, em todas as cidades em que chegava procurava uma sinagoga para apresentar o Messias aos judeus e então seguia rumo aos gentios.

 

Orar por Jerusalém é um privilégio

 

“Orai pela paz de Jerusalém! Sejam prósperos os que te amam”. Salmo 122:6

Diversos acordos de paz já foram tratados entre líderes árabes e israelenses, porém, todos frustrados. Diante do mundo apertam as mãos, mas bastam virar as costas que os armamentos pesados se voltam contra Jerusalém. Hoje, há uma expectativa iminente por parte do ministério de defesa de Israel de que os atuais governos do Oriente Médio selem tal acordo, autoridades israelenses dizem: “estamos mais perto do que nunca de fechar o acordo”.

Recentemente, o presidente americano Donald Trump entrou para uma longa lista de líderes mundiais que buscaram termos para resolver o conflito entre israelenses e árabes. Em discurso ao lado do premiê israelense Binyamin Netanyahu, o presidente americano revelou seu plano de paz para o Oriente Médio, que chamou de “acordo do século”. O presidente Trump disse: “Hoje Israel dá um grande passo em direção à paz”.

Porém, a Bíblia nos afirma que a paz que os judeus tanto esperam alcançar não será fruto de acordos seculares, mas virá do próprio SENHOR Deus e por isso ele mesmo ordena que “oremos pela paz de Jerusalém”!

Jesus O Messias disse aos seus discípulos judeus que a paz que ele dá não é desse mundo, mas dele próprio (João 14:27); Ele é o Príncipe da Paz (Isaías 9:6).

Diante do cenário mundial, orar pela paz de Israel é um tema mais que atual.

O termo Shalom não faz parte apenas do cumprimento sabático que os judeus semanalmente pronunciam ao dizer: Shabat Shalom (paz do sábado), mas é um anseio na alma. Os judeus precisam voltar-se para o Messias, o Senhor Jesus, que conforme Is 9.6 é o Sar Shalom, ou seja, o Príncipe da Paz!

Portanto, ser um intercessor de Israel é tanto uma ordem como também um privilégio, pois confere bênçãos aos que obedecem tal mandamento, pois o verso termina dizendo: “sejam prósperos os que te amam”.

 

 Conclusão

 

Cinco razões bíblicas que nos levam a nos importarmos com Israel. Amar Israel, interceder pelo povo e se comprometer em fazer parte do avanço missionário entre os judeus levando a eles as boas novas de Jesus, O Messias, é algo que alegra o coração de Deus. Quando, como Igreja, consideramos Israel de maneira positiva, estamos alinhados com a vontade de Deus que disse a Abrão que abençoaria todos aqueles que abençoassem a nação que estava para se iniciar por meio dele.

Que Deus os abençoe.


Por Romualdo Santos
Pastor, docente, vice presidente do Instituto Tzadik Baemunah e diretor administrativo executivo da Editora Davar. 
Romualdo, é parte do time responsável pela gestão e desenvolvimento de parcerias estratégicas que dá suporte à Diretoria
do Instituto Tzadik BaEmunah e da Editora Davar.